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Ministro da Agricultura abre canal de diálogo com o setor do tabaco

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Após uma reunião que durou três horas com o ministro da Agircultura Blairo Maggi, nessa quarta-feira, 22, em Brasília, representantes do setor do tabaco se sentiram mais otimistas. O encontro, agendado por lideranças da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), tinha como objetivo de reafirmar a intenção da cadeia produtiva do setor em ser ouvida pelas autoridades brasileiras nas discussões que antecederão a 7ª Conferência das Partes (COP7) da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), prevista para novembro deste ano, em Nova Déli, na Índia. 

O encontro foi acompanhado pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Roberto Novacki, senadora Ana Amélia Lemos (PP), deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP), prefeita de Vera Cruz e presidente interina da Amprotabaco, Rosane Petry, prefeito de Dom Feliciano, Dalvi Soares de Freitas, prefeito de Venâncio Aires e presidente da Câmara Setorial, Airton Artus, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, diretor-secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, e diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Carlos Galant. 

Rosane Petry solicitou que o governo brasileiro se manifeste contrário a qualquer iniciativa que possa colocar em risco a atividade de produção de tabaco nos municípios. “A economia de mais de 600 municípios do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Bahia e 160 mil produtores dependem da produção de tabaco. Queremos que nossa comitiva possa participar das discussões da COP 7”, manifestou. 

A senadora Ana Amélia destacou a preocupação com milhares de produtores da agricultura familiar, caso alguma medida prejudicial seja adotada. Ela lembrou que a maior parte dos agricultores produz em pequenas propriedades e que a atividade possui enorme alcance social. Além disso, acrescentou a senadora, 85% da produção é exportada e as vendas para o exterior alcançam rendimentos superiores a US$ 2,5 bilhões por ano. 

Segundo o ministro Blairo Maggi, o Ministério da Agricultura vai estudar a possibilidade de atender ao pedido de participação da Amprotabaco e de entidades representativas nas reuniões da COP 7. “O Ministério da Agricultura é a casa do agricultor. Vocês podem contar com meu apoio para defender o agricultor. Vamos buscar alternativas e tentar garantir a participação desta comitiva, mas há questões normativas que precisam ser consideradas. Vou conversar pessoalmente com o Ministério da Saúde e Ministério de Relações Exteriores”, garantiu.

 

Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, o diálogo já é um grande avanço. “O encontro foi positivo e creio que avançaremos nas discussões. Continuaremos acompanhamento atentamente para evitar qualquer medida que prejudique a cadeia produtiva do tabaco”, disse o executivo que aproveitou a oportunidade para entregar o relatório institucional da entidade.