ais de 180 moradores da Região das Ilhas do Guaíba foram levados para abrigos após a cheia que alagou ruas e invadiu casas. Alguns deixaram suas residências com a ajuda de uma retroescavadeira, como foi o caso da bailarina Witória Matias, que mora em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Ela precisou se equilibrar em cima do veículo, ao lado de seus pertences. Agora vai passar a noite na casa de uma amiga. “E ainda mais com essa gripe que está dando aí a gente acabou não se vacinando.”
No Rio Grande do Sul mais de 11,5 mil pessoas estão fora de casa e 95 municípios já decretaram situação de emergência, conforme último levantamento da Defesa Civil. Neste sábado, 19 famílias voltaram para casa.
Na região das ilhas o nível do Guaíba está em 2,18 metros enquanto que no Cais Mauá está em 2,46 metros.
Em Eldorado do Sul, cerca de 100 pessoas estão em abrigo
Em Eldorado do Sul, a cheia já atinge oito bairros e cerca de 100 pessoas estão abrigadas em um ginásio. A dona de casa Nelci Terezinha Hamaier foi para o local há 15 dias após perder tudo. “Eu estava dormindo e amanheceu o dia e eu já estava com a água no joelho. Não teve como tirar nada.”
Já a dona de casa Letícia Alves Queiroz estava morando em uma área invadida, que não sabia que alagava. “O que eu posso fazer? Eu não tenho onde morar. Nenhum de nós que estamos lá (no ginásio) não temos onde ir.”
Como o ginásio é aberto, os desalojados precisam principalmente de doações para enfrentar o frio. “O que é mais importante nesse momento são colchoes, cobertores, forro de cama e comida”, reforça o coordenador da Defesa Civil de Eldorado do Sul, João Carlos Ferreira.
