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MP-RS convoca secretaria Estadual da Saúde para dar explicações sobre crise no Hospital São Pedro

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Ministério Público Estadual vai
convocar a secretaria da Saúde do RS para dar explicações sobre a transferência
de servidores do Hospital Psiquiátrico São Pedro a residenciais terapêuticos em
Porto Alegre e Viamão. 
Após uma reunião entre o Sindicato
Médico do Rio Grande do Sul e a promotoria de direitos Humanos, ficou definido
que o Estado deve prestar esclarecimentos em nova audiência marcada para próxima
sexta-feira na Capital

A medida tomada pelo governo do
Estado, segundo o Simers, agrava a falta de pessoal para o atendimento aos
pacientes do São Pedro em Porto Alegre e também é apontada como a principal causa
para a casa de saúde não reabrir a ala para dependentes químicos.

Desde março de 2020, foram fechadas
25 vagas. Mais de cem profissionais entre técnicos de enfermagem, assistentes
sociais, e psicólogos foram transferidos para os residenciais. A médica
psiquiatra e integrante do Núcleo de Psiquiatria do Simers, Gabriela Schuster  avalia que a reunião com o MP-RS foi um avanço para tentar buscar uma solução
para o problema

 “Na nossa avaliação houve progressos
importantes porque a promotora pode constatar que a transferência de pessoal
aconteceu e mais dez leitos foram fechados”

O hospital
psiquiátrico, fundado em 1884, chegou a ter 5 mil pessoas internadas ao mesmo
tempo, sem previsão de saída. O cenário mudou com a chamada Reforma Psiquiátrica
no país, no início dos anos 2000, que resultou no fechamento dos
“manicômios” e a reinserção dos pacientes ao convívio social.

Atualmente, 18 pessoas
moram no São Pedro, mas a ideia é que ninguém fique de forma permanente na
instituição. Os SRTS são espaços que recebem esses pacientes. Algumas dessas
moradias estão próximas ao hospital, no bairro Partenon, em Porto Alegre.

Todo esse processo é chamado desinstitucionalização pelos técnicos da área.

 A Secretaria Estadual
da Saúde diz que a situação não se trata de uma “transferência de
funcionários”, como foi afirmado pelo sindicato médico. A SES afirma que a
pasta “compartilhou” alguns horários dos servidores do São Pedro para
atender os pacientes nos residenciais.  A
medida foi realizada devido a uma necessidade momentânea
, segundo o
governo