Um grupo de integrantes do MST ocupou a área de 7,2 mil hectares na semana passada e planeja construir casas no local. Até esta quarta-feira (23), a Brigada Militar (BM) não havia reunido o efetivo necessário para cumprir a determinação judicial de reintegração de posse da Fazenda Guerra, em Tapes, no Centro Sul do Estado.
Joacir Picolotto, da coordenação regional Porto Alegre, Centro Sul do MST afirmou que cerca de 1,8 mil pessoas estão na área provenientes de várias regiões do Rio Grande do Sul. Picolotto justifica que as terras são improdutivas e que os proprietários estariam cometendo crime ambiental. O Tribunal de Justiça (TJ) informou que nessa situação, mesmo tendo sido autorizado o uso da força pública para reintegração compulsória, é necessário esperar a reunião de grande efetivo policial.
O diretor da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e presidente da comissão estadual de Assuntos Fundiários, Paulo Ricardo de Souza Dias, disse que a entidade aguarda o cumprimento da decisão judicial. Na próxima semana, o assunto deve ser um dos debatidos em assembleia da entidade. Dias ainda mencionou que não tem informação sobre a possibilidade de crime ambiental na área. Conforme informação do Correio do Povo, o MST deve continuar com manifestações durante o chamado Abril Vermelho, mas não divulgou quais serão os próximos atos. O movimento deve se reunir com o Incra para pedir avaliação do caso.
