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Crime

Mulher suspeita de matar grávida para roubar bebê é indiciada por homicídio

A responsável pela morte da gestante vai responder por outros três crimes; aborto, dar parto alheio como próprio e ocultação de cadáver.
Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

A Polícia Civil indiciou  nesta segunda-feira  a mulher suspeita de matar a gestante Paula Janaina Ferreira Melo, 25 anos, em Porto Alegre, para ficar com o bebê . O inquérito foi remetido para a justiça e a investigação do caso concluída.

Segundo o delegado Thiago Carrijo, responsável pela apuração,  Joseane de Oliveira Jardim, 42 anos, vai responder por homicídio qualificado, aborto,  por ter dado parto alheio como próprio, e ocultação de cadáver. A pena deve ultrapassar os 40 anos de reclusão.

“Pelos laudos do IGP, ela atraiu a vítima pro apartamento dela primeiro, matando a gestante ali.  A causa  da morte da Paula foi um traumatismo crânioencefálico, muito provavelmente, por uma ação contundente na cabeça . Depois a Joseane  tentou fazer ali o parto, infelizmente, o feto nasceu morto.

No momento, a polícia civil descarta que outras tenham participado do crime.

“ Remeti o inquérito constando que não ocorreu a participação de nenhuma outra pessoa, nós não conseguimos apurar que houve uma terceira pessoa ou uma segunda pessoa participando”, destacou Carrijo.

A investigação também não conseguiu apontar se outras gestantes foram vítimas do assédio da mulher.

Confira a matéria em áudio

 

Relembre o caso da Mulher suspeita de matar grávida

O caso começou a ser investigado no metade de outro, depois que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a suspeita, junto do bebê morto, até o Hospital Conceição. Exames apontaram que ela não podia ser a mãe e a polícia foi chamada em seguida.

Joseane de Oliveira Jardim, suspeita de matar a gestante Paula Janaína Ferreira Melo para ficar com o bebê, na última segunda-feira (14) , em Porto Alegre, teria falado com os conhecidos da vítima antes de ser presa .

Segundo a Polícia Civil, Paula foi morta na segunda-feira (14) de outubro, atraída até a casa da suspeita com a promessa de que ganharia presentes para o bebê. O caso aconteceu em Porto Alegre.

No apartamento, Paula teria sido agredida na região da cabeça. Após o assassinato, a suspeita teria retirado o bebê da barriga e simulado um parto. O corpo da mãe da criança foi encontrado escondido debaixo de uma cama em um dos quartos do imóvel.

Joseane tinha remédios para depressão em casa. Conforme a vizinhança, a suspeita tem dois filhos adultos, que eram adotados. Eles já não viviam com ela. O marido dela também prestou depoimento, mas somente na condição de testemunha.

Joseane segue presa na Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana, onde está desde o dia 17 de outubro.

A investigação ficou a cargo da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Porto Alegre, mas foi conduzida por Carrijo, que é titular da 6ª DHPP, durante a ausência do titular Daniel Queiroz.

Contraponto

Os advogados Sharla Rech e Richard Noguera, que representam Joseane, se manifestaram por meio de nota, na qual ressaltam seu “interesse em que o julgamento seja conduzido pelo Tribunal do Júri, reafirmando sua confiança na participação popular e no compromisso com um julgamento que respeite o devido processo legal e as garantias fundamentais”. Veja íntegra da nota abaixo:

“A respeito da conclusão do inquérito policial envolvendo Joseane de Oliveira Jardim, a Defesa comunica que, uma vez oferecida a denúncia, todos os fatos poderão ser avaliados com maior profundidade. O encerramento desta fase preliminar marca o início de uma análise mais detalhada, essencial para a compreensão da complexidade do caso.

A Defesa ressalta seu interesse em que o julgamento seja conduzido pelo Tribunal do Júri, reafirmando sua confiança na participação popular e no compromisso com um julgamento que respeite o devido processo legal e as garantias fundamentais.

Reconhecendo a importância e o impacto do caso na comunidade, os signatários permanecem firmes no compromisso de zelar para que sejam respeitadas as garantias fundamentais e a justiça.

Sharla Rech e Richard Noguera.”