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Municípios da Região Metropolitana vão criar uma ofensiva contra o furto de cabos, fios e tampas de bueiros.

Divulgação  Granpal
Divulgação Granpal

Os municípios da Região Metropolitana vão iniciar uma ofensiva contra o crescente número de ocorrências de furto de cabos, fios e tampas na região. Segundo associação que representa estas cidades,, até o final do mês de junho, os 20 municípios da região vão encaminhar projetos de lei às suas câmaras municipais, propondo medidas abrangentes para coibir a receptação desses materiais furtados, como ressalta o presidente da Granpal,  o prefeito de Esteio Leonardo Pascoal

“O nosso foco está não necessariamente no indivíduo que furta o material, porque esse é usuário de drogas que vende aquele fio de cobre para comprar uma pedra de crack. Infelizmente o código penal é bastante brando com este tipo furto, pois leva em consideração o valor do que foi roubado ali, que às vezes é meio metro de um cabo. Esse sujeito acaba não ficando preso. A gente tem a situação de um criminoso que foi detido por 59 vezes pelos órgãos de segurança, praticando o mesmo tipo de delito, então o objetivo está em coibir e punir  receptação desse material, em que compra, vende ou revende”. 

A minuta para as propostas  que vão ser encaminhadas aos legislativos municipais foi elaborada pela prefeitura de Porto Alegre, inspirada na lei estadual de desmanches que vigora desde 2015 no estado. 

Os prefeitos já solicitaram o apoio do Ministério da Justiça e Segurança para enfrentar essa questão de segurança pública. A parceria entre as autoridades municipais e o órgão federal será fundamental para fortalecer a luta contra o furto de cabos, fios e tampas, bem como para implementar políticas que evitem a receptação e desestimulem a prática criminosa. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre registrou, entre janeiro e abril deste ano, 168 ocorrências de furtos de cabos de cobre, totalizando 11,4 mil metros de fiação subtraída. A quantidade furtada é 35% maior do que a registrada em todo o ano passado, quando foram levados 8,4 mil metros de fios. Em 2021, foram 3,2 mil metros. Ou seja, a intensidade do crime praticamente triplicou em dois anos (256%). 

Em Porto Alegre, a prática  caracteriza-se pelo furto pequeno, de cerca de 30 metros a 40 metros de cobre por vez, informa a concessionária de energia do Rio Grande do Sul  CEEE Equatorial. Em 2022, a empresa amargou 2.381 furtos na Capital, que resultaram em 71,4 quilômetros de cabos ou 26 toneladas do produto levadas, num prejuízo de cerca de R$ 1,7 milhão e 900 mil clientes afetados. E o fenômeno não se restringe à capital gaúcha. Ao contrário, a subtração de fios é ainda maior no Interior. Rio Grande, no sul do Estado, acumulou 2.731 ocorrências desse tipo no ano passado.

A criação da ofensiva por parte dos municípios foi definida em Assembleia Geral Ordinária (AGO) da associação realizada nesta quinta-feira, 25, no Instituto Caldeira. Participaram do encontro, representantes da Secretaria de Segurança Pública do estado, Polícia Civil e Brigada Militar.