O músico gaúcho Yamandu Costa, de 45 anos, passou a ser investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul por suspeitas de agressão e abuso sexual contra uma mulher com quem teria mantido relacionamento no início de 2025. Uma medida protetiva de urgência foi concedida pela Justiça do Estado em 26 de maio, impedindo o músico de se aproximar ou entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas. As acusações, que envolvem violência sexual, física e psicológica, foram registradas em Porto Alegre, após relato da mulher, que também registrou ocorrência na Espanha, onde alegou ter sofrido violência durante uma viagem a Portugal.

Músico Yamandu Costa passou a ser investigado pela polícia
Segundo o relato da vítima à Polícia Civil, o episódio mais recente ocorreu em 1º de maio, em Portugal, onde ela afirma ter sido vítima de violência sexual e lesões corporais por parte de Yamandu Costa. Ela relatou que, após o ocorrido, fugiu para a Espanha, registrando a denúncia na cidade de Barcelona. A mulher também afirmou que foi obrigada a manter relações sexuais após tomar remédios para dormir.
Em resposta às acusações, a defesa do músico enviou uma nota ao g1, na qual nega as alegações e apresenta documentos e depoimentos que, segundo eles, contrariam as acusações.
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Defesa e testemunhos
A defesa de Yamandu Costa apresentou depoimentos de testemunhas que negam qualquer ato de violência. A proprietária do Tejo Bar, em Lisboa, afirmou que, na noite de 1º de maio, houve uma discussão, mas nenhuma agressão física foi presenciada.
A ex-esposa do músico investigado, também declarou que, durante o relacionamento, Yamandu nunca apresentou comportamento violento, e que o seu filho menor de idade presenciou apenas uma discussão verbal, sem qualquer ato de agressão física. Ela também criticou a divulgação de conversas privadas e afirmou que o exame de saúde realizado na Espanha revelou a presença de Lorazepam, um ansiolítico, substância que a própria acusadora admitiu usar regularmente.
A acusação ganhou destaque após a divulgação de mensagens editadas, que, segundo a defesa do investigado, não demonstram qualquer ameaça ou coação. A mulher alegou que esteve em Lisboa por decisão própria e que deixou a residência após o episódio, sem restrições de liberdade. Já a defesa reforça a necessidade de apuração responsável, destacando que nenhuma acusação deve se sobrepor ao direito à verdade, à ampla defesa e à preservação da dignidade do acusado.