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Nego Di e sócio são condenados a 11 anos de prisão por estelionato e fraude contra vítimas de Canoas

O influenciador digital gaúcho, Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, e seu então sócio, Anderson Bonetti, denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foram condenados pela Justiça nesta terça-feira, 10 de junho, por estelionato praticado por meio de redes sociais envolvendo 16 fraudes eletrônicas em continuidade delitiva. A sentença foi proferida pela 2ª Vara Criminal de Canoas. Ambos foram condenados à pena de 11 anos e oito meses de reclusão, além da obrigação de reparar os danos causados às vítimas.

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A promotora de Justiça Renata Pinto Lucena, que assina a denúncia, destacou que os crimes ocorreram por meio de uma loja virtual administrada pelos condenados, onde consumidores realizavam compras, mas não recebiam os produtos adquiridos. As fraudes foram praticadas por Nego Di de forma reiterada, com o uso da popularidade de um dos réus nas redes sociais para induzir número elevado de vítimas ao erro:

“A condenação dos réus é a resposta necessária e proporcional às condutas praticadas, em que as vítimas foram cooptadas por meio de redes sociais, devido à popularidade de um dos acusados e da simulação de venda de produtos a preços baixos”, ressaltou a promotora. Um dos réus, o influenciador digital, que chegou a ser preso durante o processo, poderá recorrer em liberdade.

RIFAS DIGITAIS

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e do 1º Núcleo Regional do GAECO – Capital, denunciou no dia 5 de setembro do ano passado o mesmo influenciador e sua companheira. Ambos foram alvos de operação deflagrada pela instituição em 12 de julho, em Santa Catarina.

O promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, os denunciou pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além da contravenção penal de promoção de loteria na modalidade de rifas digitais. Segundo o promotor, na segunda-feira, 9 de junho, se encerrou a fase de instrução processual com o interrogatório do réu (que responde por rifas, lavagem de dinheiro e estelionato) e da sua companheira (que responde só por lavagem de capitais). O caso agora, após alegações finais do MPRS e da defesa, será proferida a sentença.

Acusações e investigação contra Nego Di

Nego Di estava preso desde julho em Canoas, acusado de estelionato e lavagem de dinheiro. A investigação apura um suposto esquema de vendas online, onde clientes compravam produtos como televisores, celulares e eletrodomésticos através de uma loja virtual da qual Nego Di e seu sócio, Anderson Boneti, seriam proprietários, mas não recebiam as mercadorias nem o reembolso. A Polícia Civil estima que a movimentação financeira em contas ligadas a Nego Di, no período investigado, ultrapasse R$ 5 milhões.

Liberdade Provisória e Medidas Cautelares

A liberdade provisória de Nego Di está condicionada a medidas cautelares, incluindo comparecimentos periódicos em juízo, proibição de mudança de endereço ou ausência da comarca sem autorização judicial, restrição do uso de redes sociais e apreensão do passaporte. Até as 16h28 desta quarta-feira, o influenciador ainda não havia deixado a Penitenciária Estadual de Canoas.

Histórico de polêmicas envolvendo Nego Di

O humorista gaúcho ganhou notoriedade após participar do Big Brother Brasil em 2021, sendo o terceiro eliminado com rejeição recorde de 98,76% dos votos. Após o reality, se envolveu em polêmicas, incluindo a promoção de rifas em redes sociais com regras questionáveis e a divulgação de fake news sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, o que lhe rendeu sanções judiciais.

Bruno Bonilha

Comunicador na Rádio Acústica FM.

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