O Instituto Adolfo Lutz (IAL), centro de referência laboratorial em São Paulo, confirmou a detecção de norovírus em amostras fecais humanas provenientes da Baixada Santista. O norovírus é um agente infeccioso conhecido por causar surtos de doenças gastrointestinais, especialmente em locais com grande concentração de pessoas, como praias durante o verão.
O norovírus causa gastroenterite, uma condição que provoca sintomas intensos no sistema digestivo, como vômito, diarreia e dor de barriga. A transmissão ocorre principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados, mas também pode ocorrer por contato direto com pessoas ou superfícies contaminadas. A infectologista Carla Kobayashi, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que o aumento de casos já era esperado nesta época do ano.
Como são os sintomas do norovírus
Os sintomas da infecção por norovírus costumam ser mais intensos nos primeiros 2 a 3 dias, mas geralmente duram de 3 a 7 dias. Os principais sinais incluem náuseas, vômitos, diarreia líquida, dor abdominal e, em alguns casos, febre baixa, dor de cabeça e dores nos membros. A desidratação é o maior risco, especialmente para idosos e bebês.
O tratamento para a norovirose é focado no alívio dos sintomas e na prevenção da desidratação. Não existem medicamentos específicos para tratar a infecção, e antibióticos não são eficazes. O mais importante é descansar e manter-se bem hidratado, ingerindo bastante líquido. A maioria das pessoas se recupera em 1 a 3 dias.
A prevenção do norovírus envolve medidas simples, como lavar as mãos com frequência, especialmente após usar o banheiro e antes de comer, evitar o compartilhamento de alimentos e bebidas, e higienizar adequadamente superfícies e utensílios. A atenção à higiene é fundamental para evitar a propagação do vírus, especialmente em locais com grande concentração de pessoas.