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Nove em cada 10 óbitos por Covid-19 em adultos jovens são de pessoas sem vacinação completa

Os dados servem de alerta para que a população volte aos postos para completar o esquema básico. Foto: Divulgação
Os dados servem de alerta para que a população volte aos postos para completar o esquema básico. Foto: Divulgação

Levantamento da Secretaria da Saúde (SES) aponta que 92% dos óbitos por coronavírus no Estado na faixa etária até 39 anos ocorreram com pessoas sem o esquema vacinal completo. Entre os idosos, 99% das mortes por Covid-19 são entre pessoas sem a vacinação de reforço.

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Os dados servem de alerta para que a população volte aos postos para completar o esquema básico de duas doses e para que as pessoas acima de 60 anos façam a terceira dose. Até este momento, o Rio Grande do Sul conta com 82% da população adulta (acima de 18 anos) com o esquema vacinal completo. E 26% dos idosos já realizaram a dose de reforço.

Divulgado na quinta-feira (11), os dados de óbitos entre não vacinados foram calculados sobre as ocorrências com início de sintomas nas últimas 10 semanas (desde 29/8). Nesse período, foram 516 internações hospitalares de pessoas até 39 anos por Covid-19, sendo 81% sem imunização completa. Desses 516 casos, foram 38 mortes, 92% em pessoas que não haviam feito nenhuma dose ou com apenas uma dose recebida.

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No mesmo período, houve cerca de 2,7 mil hospitalizações por conta do coronavírus em pessoas com 60 anos ou mais. Desses, 99,2% não haviam realizado a dose de reforço. Foram 905 óbitos entre esse total de internações, dos quais em 99,3% a pessoa não havia realizado a terceira dose.

Os números e percentuais foram tema de reunião entre representantes da SES com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS). Juntamente com os municípios, o Estado busca mobilizar a sociedade e as equipes de saúde para seguir avançando na campanha de vacinação.

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“Esses dados são muito objetivos em mostrar que, na prática, por falta de registro, desleixo ou outra razão, a população está deixando de buscar a proteção coletiva. Corremos o risco de ficar com os estoques cheios de vacina ou então deixar vencer a validade dos imunizantes porque as pessoas não estão buscando as unidades para se vacinar. A situação passou a nos preocupar muito”, afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Chefe da divisão epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri aponta ainda o fato de que estamos próximos do verão, período caracterizado por um grande aumento de pessoas no litoral e maior possibilidade de aglomerações.

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“São situações que podem fazer com que tenhamos um aumento do número de casos, favorecendo a formação de novas variantes com maior potencial de transmissão”, alerta Tani. “Ainda não temos evidências científicas suficientes que indiquem qual é a cobertura vacinal ideal da população para quebrar a cadeia de transmissão do coronavírus”, acrescenta.

Quase 1 milhão de pessoas com segunda dose em atraso

Outro dado que preocupa as autoridades do Estado e municípios é o de pessoas que deixaram expirar o prazo para a segunda dose (intervalo de 28 dias para a Coronavac e oito semanas para a Pfizer e Astrazeneca).

Conforme o registro oficial do sistema de imunizações, é o caso de 968 mil pessoas no RS na quinta (11), entre as quais, 715 mil na faixa até os 39 anos.