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Obras de duplicação da BR-116 avançaram 4% desde setembro

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Uma obra tão importante quanto arrastada. Prevista para ser entregue em três anos, a duplicação da BR-116 entrará no oitavo ano de obras. Dos nove lotes, quatro estiveram com os serviços parados em 2018 – destes, dois serão assumidos pelo Exército Brasileiro em 2019. Os constantes imbróglios envolvendo repasse de recursos evitam que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) faça uma estimativa do quanto deve se evoluir nos próximos meses.

De setembro até agora, houve certo avanço na obra: 4%. Isso porque, de acordo com o Dnit, o governo federal repassou, no último trimestre de 2018, R$ 99,5 milhões. A verba foi utilizada para serviços de terraplanagem, drenagem, base e asfalto nos lotes 4, 5, 6, 7 e 9. O trecho mais avançado é exatamente este último, que vai de Turuçu até Pelotas e é executado pela MAC Engenharia: 79,72% estão prontos. O mais atrasado é o lote 6, em Cristal. Sob responsabilidade da Construtora Pelotense, ele tem 52% completos. No total, a obra tem 65% do trabalho concluído, também segundo o órgão que conduz a duplicação.

Uma das principais preocupações em relação às obras é a paralisação que afeta alguns trechos. O 3, em Tapes, e o 8, que vai de São Lourenço do Sul até Turuçu, seguem sem obras. Eles são efetuados, respectivamente, pelas empresas Ivaí Obras e Engenharia S/A e SBS Engenharia e Construções S/A. Os trechos 1 e 2, entretanto, foram assumidos pelo Exército Brasileiro e devem ter os trabalhos retomados em fevereiro. O prazo para a conclusão destes é de 30 meses, através do trabalho de 300 militares do 1º Batalhão Ferroviário de Lages (SC) e do Batalhão Ferroviário de Araguari (MG).

Para 2019, o Dnit evita estabelecer metas. De acordo com o engenheiro supervisor da unidade local do Departamento, Vladimir Casa, tudo depende da liberação de verbas em nível federal. R$ 30 milhões, em emendas parlamentares, devem ser destinados à obra. Outros R$ 85 milhões também estão assegurados para os lotes 1 e 2. Em reunião recente com o titular do novo Ministério da Infraestrutura, Valter Casimiro Silveira, o Dnit ouviu que será prioridade do atual governo federal dar andamento às obras com bom nível de execução.

A duplicação da BR-116 é antiga reivindicação da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Trata-se de obra com grande importância no sentido econômico. Um estudo feito pelo Escritório de Desenvolvimento Regional da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) aponta que cada ano de atraso na entrega da duplicação equivale a R$ 700 milhões em perdas econômicas. Iniciada em 2012, a obra foi pensada com conclusão para 2015. A crise financeira e política no país resultou em atrasos nos repasses e, consequentemente, da execução do projeto.

De setembro para cá, o quanto cada lote avançou

Lote 1: 62,3% – Assumido pelo Exército, trabalho retorna em fevereiro

Lote 2: 70,5% – Assumido pelo Exército, trabalho retorna em fevereiro

Lote 3 (Tapes): 64% – Contrato segue paralisado desde julho de 2016

Lote 4 (Arambaré – Camaquã): 56,9% – 64,9%

Lote 5 (Camaquã – Cristal): 43,1% – 43,4%

Lote 6 (Cristal): 50,5% – 52%

Lote 7 (São Lourenço do Sul) 52,7% – 59,2%

Lote 8 (São Lourenço do Sul – Turuçu) 77,2% – Contrato segue paralisado desde julho de 2017

Lote 9 (Turuçu – Pelotas) 75,6% – 79,72%