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Obras na BR-116 terão continuidade, assegura ministro dos Transportes

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As obras de duplicação da BR-116, trecho Pelotas-Guaíba, terão continuidade. A informação é do presidente da Associação dos Municipios da Zona Sul (Azonasul) e prefeito do Morro Redondo, Rui Brisolara (DEM). Ele integrou comitiva de prefeitos e secretários municipais que se reuniu durante duas horas na tarde desta terça-feira (28) em Brasília com o atual ministro dos Transportes, Maurício Quintela Lessa. 

A decisão provocou surpresa. Pela manhã o governo federal havia confirmado a paralisação das obras a partir de agosto por falta de recursos. Após a reunião, no entanto, Lessa deu sua palavra que a execução vai prosseguir. Para Rui Brisolara, ele reconheceu a importância da duplicação para a região. “O cobertor é curto, mas como a obra está bem adiantada, [o ministro] deu a entender que as obras param em agosto durante 15 a 20 dias para serem retomadas logo depois”, disse. Sobre a suposta falta de dinheiro para manter o projeto em atividade, o ministro teria explicado, segundo Brisolara, que a realidade atual não é a mesma de há 45 dias, quando a probabilidade da obra ser interrompida era maior. 

O deslocamento da comitiva a Brasília foi vista pelo prefeito como necessária para reverter a decisão. Ele diz que saiu do encontro com a impressão de que diante de um cenário de crise econômica e cofres raspados, “quem chorar mais vai levar”. Além dele, integraram a comitiva os prefeitos de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande, Alexandre Lindenmayer (PT), do Cristal, Fábia Richter (PSB) e Barra do Ribeiro, Luciano Boneberg (PSD). O secretário estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, e o titular da Secretaria de Desenvolvimento e Turismo de Pelotas, Fernando Estima, completaram o grupo. Confira o vídeo gravado pela prefeita de Cristal:

A possibilidade de paralisar a duplicação da BR-116 ficou maior a partir do ano passado, quando tornou-se público o valor destinado para o projeto este ano: R$ 90 milhões – bem aquém do previsto pra concluir a obra, mais de R$ 600 milhões. Para deixar a situação ainda mais crítica, dos baixos recursos anunciados para investir em 2016, R$ 41 milhões foram cortados em função do contingenciamento publicado na edição do dia 22 de junho no Diário Oficial da União. 

A obra está parada em 115 quilômetros, o equivalente a 54% de todo o traçado.