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OMS reúne comitê para avaliar avanço de varíola dos macacos e uma possível emergência de saúde global

Foto: Pixabay/Divulgação
Foto: Pixabay/Divulgação

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reúne seu comitê de emergência nesta quinta-feira (23) para avaliar se um surto da varíola dos macacos exige que se declare estado de emergência global. Para alguns especialistas, uma decisão da OMS de agir após a doença se disseminar pelo Ocidente pode repercutir nas grandes desigualdades que surgiram entre os países ricos e pobres durante a pandemia do novo coronavírus.

Constatar a varíola dos macacos como uma emergência global significaria que a agência de saúde da Organização das Nações Unidas avalia o surto como um “evento extraordinário” e que a doença pode se disseminar por mais países. Isso também daria à enfermidade a mesma distinção da pandemia da covid-19 e do esforço em andamento para erradicar a poliomielite.

Muitos cientistas duvidam que uma declaração do tipo possa ajudar a conter a epidemia, já que países desenvolvidos que registraram os casos mais recentes se movem rápido para conter o problema. 

Na última semana, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a varíola dos macacos como uma doença identificada em mais de 40 países, sobretudo na Europa, e como “pouco usual e preocupante”, afirma Comitê.

A enfermidade afeta há décadas a África central e no oeste desse continente, onde uma variante da doença mata até 10% das pessoas. A organização já propôs a criação de um mecanismo de compartilhamento de vacinas para ajudar os países afetados.

Atualmente, a grande maioria dos casos na Europa são de homens que fizeram sexo com outros homens, mas os pesquisadores advertem que qualquer um em contato próximo com uma pessoa infectada ou suas roupas ou roupas de cama corre risco de infecção.

Pessoas infectadas com o vírus, em geral, têm sintomas como febre, dor no corpo e coceira, mas a recuperação ocorre em semanas, sem precisar de cuidados médicos.