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ONU chega ao Brasil para investigar genocídio negro e indígena

Foto: Manuel Elias/UN
Foto: Manuel Elias/UN

Durante os próximos dez dias, a assessora especial para Prevenção do Genocídio das Nações Unidas, Alice Wairimu Nderitu, vai se reunir, aqui no Brasil, com representantes do governo federal, da sociedade civil, de comunidades indígenas e com membros da comunidade internacional.

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Ela quer entender o que, de fato, está ocorrendo com os povos indígenas, população negra e grupos vulneráveis do país. Um relatório do Conselho Indigenista Missionário mostra que, em 2021, foram registrados mais de 300 casos de violência contra pessoas indígenas em 2021, com 176 assassinatos. Isso sem contar a crise humanitária vivida pelos Yanomami, em Roraima, situação identificada no começo deste ano pelo governo federal. Centenas de indígenas, inclusive crianças, morreram de fome, desnutrição e por contaminação de mercúrio.

Um relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública identificou que as principais vítimas de mortes violentas intencionais, no Brasil, são pessoas negras. Elas são quase 80% das vítimas de homicídio doloso (com intenção de matar). E são mais de 84% das pessoas mortas em intervenções policiais.

Só depois desses dias de visita e reuniões, a conselheira especial poderá chegar a alguma conclusão e propor medidas. Mas isso só deve ser detalhado em uma coletiva de imprensa prevista para o último dia da viagem, 12 de maio, no Rio de Janeiro.