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Operação combate tráfico de drogas e envio de celulares, por meio de drones, para dentro de presídio em Rio Grande

Foto: Tiago Coutinho | MPRS
Foto: Tiago Coutinho | MPRS

No início da manhã desta segunda-feira (05), o Ministério Público (MP), realizou uma operação de combate ao tráfico de drogas e envio de celulares por meio de drones para dentro da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), no Litoral Sul do estado do Rio Grande do Sul. 

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A investigação começou há três meses e apontou que a associação criminosa utiliza diversas formas, mas, sobretudo, drones para transportar celulares, carregadores e entorpecentes para o interior do presídio. Para os promotores, o chamado “delivery aéreo de drogas e outros materiais ilícitos” facilita o tráfico no interior e fora da Perg e o ordenamento de demais crimes na cidade, que vive uma onda de violência. Conforme dados do Infopen, somente até outubro de 2022 foram registradas 21 ocorrências de drones na Perg, frente a duas em 2021 e nenhuma em 2020.

“O que ingressa na Perg contribui decisivamente para o exponencial aumento da violência no município de Rio Grande neste ano, que já registra mais de 95 mortes violentas, considerando homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Quase a totalidade delas está diretamente vinculada a apenados recolhidos, os quais, por meio da introdução clandestina de celulares na prisão, continuam operando direta e indiretamente o tráfico de drogas”, comenta Caldas, citando que estão sendo cumpridos 58 mandados de busca e apreensão.

Beltrame destaca que a entrega aérea de drogas e materiais ilícitos para dentro do sistema prisional exige um altíssimo aporte financeiro, uma vez que os produtos e o custo operacional para a execução de uma única “viagem” pode variar de R$ 10 mil a R$ 100 mil. O substancial valor empregado nessas operações fica comprovado com as apreensões, como aconteceu em outubro de 2022, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu na BR-392 em Rio Grande 2kg de cocaína, 1,86kg de maconha, três celulares, diversos carregadores e fones de ouvido, oito baterias, um controle para drone e um drone. O material foi avaliado em aproximadamente R$ 110 mil.

“Ante o perceptível e significativo aumento do número de casos envolvendo o uso de drones na Perg, foram analisadas as ocorrências e chegamos à conclusão de que há uma autêntica associação criminosa atuando dentro e a partir da penitenciária, que, sem margem para dúvida, possui uma estrutura definida e um alto poder aquisitivo”, finaliza Beltrame.