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Operação da Polícia Civil combate quadrilha que vendia drogas pelo Instagram

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Investigação do
Narcotráfico do Denarc, coordenada pelo Delegado Guilherme Dill, deflagrou
nesta quinta-feira (10) a 2ª fase da Operação Instadrugs, que investiga a
comercialização de entorpecentes pelo Instagram. Foram cumpridas 20 ordens
judiciais de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão domiciliar
nas cidades de Porto Alegre, Viamão, Charqueadas, Santana do Livramento e
também no Uruguai. A ação teve apoio da Susepe e da Polícia Federal.

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As apurações se iniciaram em janeiro de 2022 e são
relacionadas a grupo criminoso que, tentando escapar das ações policiais,
utilizam contas falsas nas redes sociais para o tráfico de drogas em Porto
Alegre e região metropolitana. Estima-se que a comercialização de entorpecentes
seja diária. Os indivíduos anunciam as mercadorias ilícitas nos stories da rede
social e, ao receber encomendas via mensagem direct, terceirizam a função de
entrega dos entorpecentes, recebendo os pagamentos via pix. Após a primeira
fase da investigação em julho de 2022, onde ocorreram seis prisões e houve
apreensão de R$ 90 mil em espécie, foi possível descobrir essa rede de
narcotraficantes.

A investigação apurou que o grupo possui três núcleos
destinados ao tráfico de drogas: um deles administra as redes sociais e recebe
encomendas de usuários de drogas por mensagens; o segundo é composto de
entregadores, que na sua maioria são motoristas de aplicativos ou de tele
entregas, que recebem pelos serviços via pix; e o terceiro grupo é formado
pelos fornecedores, os quais são acionados quando o primeiro grupo fica sem as
quantias de drogas necessárias. Esses fornecedores são de outros Estados, como
Santa Catarina, e estima-se que também haja drogas trazidas de outros países,
pois há envolvimento de um indivíduo uruguaio.

As drogas são vendidas de diversas formas, como a maconha
que é vendida na forma de flor e na forma prensada. Além disso, as drogas
sintéticas também são vendidas em grandes quantias. No decorrer da
investigação, também se verificou a prática de um roubo praticado pelo grupo na
cidade de Viamão, o quer será compartilhado com a delegacia local para
aprofundar as investigações relacionadas ao crime patrimonial. Os investigadores
constataram também que alguns indivíduos são motoristas de aplicativo e
transportam drogas no carro enquanto fazem corrida para passageiros, em Porto
Alegre, conforme comprovado em conversas.

O delegado Guilherme Dill enfatizou que “o grupo criminoso é
focado num público elitizado da região metropolitana. Atende indivíduos
universitários e usuários que não querem se deslocar até o local de venda da
droga, fazendo encomendas pelas redes sociais e pagando pelo serviço
personalizado. Essa investigação demonstrou que a rede de usuários sustenta
diversas cadeias do crime organizado.”

O diretor de Investigações do Denarc, delegado Alencar
Carraro, destacou que “foi uma atuação cirúrgica no combate à criminalidade na
região metropolitana” e que “revelou a necessidade de qualificação da
investigação criminal como forma de reprimir condutas criminosas e formação de
grupos organizados destinados ao narcotráfico.”

A segunda fase da Operação Instadrugs contou com suporte
operacional de 90 policiais civis, em 32 viaturas e apoio aéreo da
Coordenadoria de Recursos Especiais – CORE da Polícia Civil. Os presos serão
encaminhados ao sistema prisional.