Nesta terça-feira (20), em Caxias do Sul, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou uma operação para investigar um jogador do Juventude e outros envolvidos em suspeitas de manipulação de resultados para apostas. A ação, motivada por um alerta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), rendeu a execução de dois mandados de busca: um na residência do atleta e outro no armário de uso pessoal, localizado no Estádio Alfredo Jaconi.
As investigações apontam para a prática de crimes como organização criminosa e estelionato associado, previstos na legislação esportiva – principalmente sob o artigo 198 da Lei Geral de Esporte, que criminaliza qualquer ato destinado a alterar ou falsificar os resultados de competições, sob pena de reclusão entre dois e seis anos, além de multa.
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Sobre a suposta fraude em apostas
Segundo os investigadores, houve registros atípicos relacionados à marcação de cartões amarelos, fato que supostamente favoreceria a obtenção de vantagens ilícitas por meio de apostas. Os dados indicavam que o jogador teria sido envolvido em uma manobra para receber, de forma suspeita, pelo menos dois cartões amarelos em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2025, enquanto pessoas ligadas ao caso estariam ativamente apostando somas não reveladas.
Sob o codinome “Operação Totonero”, os promotores de justiça Rodolfo Grezzana, de Caxias do Sul, e Manoel Figueiredo Antunes, coordenador do 5º Núcleo Regional do GAECO – Serra, comandam as investigações. Com o amparo do promotor André Dal Molin, responsável pelo GAECO no Estado, e da promotora Cristina Schmitt, a operação conta também com o apoio da Brigada Militar. Mandados judiciais foram emitidos para apreensão de documentos, dispositivos de mídia e celulares, visando ampliar o conjunto probatório e identificar novos suspeitos.
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As diligências continuam em andamento enquanto as autoridades buscam desmantelar o esquema de manipulação e responsabilizar os envolvidos.
