Uma operação das forças de segurança do estado prendeu desde a madrugada do domingo (29), 364 pessoas em 30 municípios do Rio Grande do Sul. A Operação Pulso Forte é um trabalho em conjunto da Brigada Militar e Polícia Civil e aconteceu nas regiões Metropolitana, Vale do Rio dos Sinos, Central, da Serra, Litoral e Fronteira Oeste do Estado. Os resultados da operação integrada foram apresentados nesta quarta-feira (1⁰/2) pelo secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, pelo comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli, e do chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré.
O trabalho começou após a identificação do aumento no número de homicídios registrados no sábado, a inteligência da Polícia identificou ao menos 10 homicídios resultado da guerra de facções no final de semana. Uma reunião em parceria com os setores de inteligência das instituições da Segurança Pública, traçou os planos para a Operação que começou na madrugada de domingo (29), e durou até a noite desta terça-feira (31/01).
A operação teve foco no cumprimento de mandados de busca e apreensão, captura de foragidos do sistema judiciário, ações de inteligência para identificar potenciais alvos de homicídios. Ao todo, 5.333 policiais civis e militares participaram das ações da Operação Pulso Forte. A Polícia Civil empregou 1.006 servidores em 348 viaturas, além do helicóptero da instituição. Foram cumpridos 95 mandados de busca e apreensão. Os policiais apreenderam 22 armas e munições, 347 kg de maconha, 83kg de cocaína, 10 kg de crack, além de comprimidos de ecstasy (950), quetamina (500) e pontos de LSD (276). A Brigada Militar abordou 14.919 pessoas e fiscalizou 8.471 veículos. Foram presas 216 pessoas, sendo 27 foragidos da Justiça, além da apreensão de 14 armas. Os militares apreenderam R$ 23.183,15 sem procedência, 3.438 quilos de drogas e recolheram 78 veículos, recuperando outros 18 automóveis veículos frutos de roubo.
Para o secretário de Segurança Pública do estado, Sandro Caron, a operação é uma resposta ao crime organizado, ele ainda destacou a importância da integração com as policias que é um dos eixos do programa RS Seguro.
– “Nós não vamos admitir esse tipo de crime aqui no estado. Como um número grande de homicídios, toda a vez que houver algum tipo de situação neste sentido a resposta vai ser no mesmo nível que foi dada a operação pulso forte.
De acordo com o secretário, em reunião com novo ministro de justiça Flávio Dino, na semana passada, ele apresentou uma nova proposta para a alteração da legislação processual penal do brasil. Segundo Caron, é fundamental que haja uma restrição a concessão de liberdades provisórias para crimes graves como homicídios e roubos.
-” Não sou a favor do encarceramento generalizado mas é fundamental que se faça uma alteração na lei. Se essas pessoas voltarem as ruas em menos de 24 horas a tendência é de que ela cometa novos crimes.
A reunião contou os secretários de segurança dos estados e foi um pedido do Governo Federal após os casos de invasão e depredação em Brasília. De acordo com Caron, o ministro Flávio Dino, vai criar um grupo de estudos para ver a possibilidade de mudança de lei no Brasil contra homicídios e roubos.
