Search
[adsforwp-group id="156022"]

“Os postos estão sofrendo enormemente”, diz presidente da Sulpetro sobre preços dos combustíveis

Foto: Valesca Luz/Arquivo/Acústica FM
Foto: Valesca Luz/Arquivo/Acústica FM

João Carlos Dal´Aqua, presidente da Sulpetro, concedeu
entrevista ao programa Primeira Hora na manhã desta segunda-feira (27). Em
pauta, os reajustes nos preços dos combustíveis e a política adotada pela Petrobras.

O especialista afirma que a preocupação com o assunto é
mundial, impulsionada por fatores externos como a pandemia de covid-19 e a
guerra entre Rússia e Ucrânia.

Dal’Aqua destaca que no Brasil o problema não está na
produção, mas no refino dos combustíveis.

“Não que a Petrobras seja um problema em si, mas ela limita
a atuação do mercado, limita a atração de investimentos, de agentes que possam
oxigenar isto. E é claro, a própria visão que temos hoje, de que o petróleo é
um combustível que vai acabar logo, tudo isto vai gerando um desinvestimento da
indústria, e vai retraindo.”, diz.

Segundo o gestor, com a nova realidade, e os reajustes praticados
pela estatal, os donos de postos de combustíveis estão sofrendo.

“Os postos estão sofrendo enormemente. Nós temos uma
retração de margens, uma concentração de mercado, uma dificuldade maior, que
quanto maior o preço, maior o giro que tu tem que colocar no teu posto, pois tu
compra de uma distribuidora.”, explicou.

Sobre a Política de Paridade Internacional adotada pela
Petrobras em 2016, vinculada ao sistema internacional, consequentemente fazendo
com que a variação do dólar e do barril de petróleo tenham influência direta no
cálculo dos combustíveis, Dal’Aqua acredita que é algo necessário, mas que devem
haver medidas para amortizar os efeitos em meio à crise.

“Talvez aqui no Brasil a gente possa, na sequência, estudar
um “colchão” para amortizar algumas crises, criar alguns gatilhos, mas não
perdendo a conexão. Meu medo é que estas discussões estão sendo muito
aceleradas, em cima de crise, em meio a um processo eleitoral.”, afirmou.

Assista a entrevista: