Nas últimas semanas, o grande número de casos de afogamentos tem assustado os veranistas da região. Um dos casos mais recentes aconteceu no interior de São Lourenço do Sul, no último domingo (24), quando uma mãe e uma filha acabaram morrendo. A fim de falar sobre o tema e alertar a população, o Passando a Limpo deste sábado recebeu o coordenador da Operação Golfinho, Major Fortes, e o Comandante interino do Corpo de Bombeiros de Camaquã, Sargento Bordignon.
Fortes comanda 1080 homens e mulheres, que atuam na Operação Golfinho, que teve início no dia 19 de dezembro e se estende até o dia 29 de fevereiro. Ele alerta para o grande número de afogamentos que acontecem fora da área de atuação da equipe: “Obviamente nós não temos condições de alcançar esse serviço a todo e qualquer local que tenha possibilidade de banho no Estado. É imprescindível que, nestes locais, as pessoas redobrem sua atenção e tenham uma conduta preventiva e cautelosa, visto que estão lá por sua conta e risco”.
Ele lamentou que, até o momento, este ano registrou um aumento de 108% no número de mortes em relação ao ano passado, levando em conta apenas os dados desde o início da Operação Golfinho: “É um número que está crescendo devido à negligência das pessoas”. Em contrapartida, houve 45% a menos no número de salvamentos. 60% dos casos de salvamentos envolvem vítimas com idade entre 11 e 20 anos: “É importante que a gente alerte os nossos jovens”.
Bordignon indica que os banhistas devem sempre procurar um local que tenha salva-vidas. No entanto, caso o afogamento aconteça em locais sem a cobertura dos profissionais, é necessário que as pessoas saibam como socorrer: “A maneira mais segura possível é ter algum objeto para atirar ao afogado”. O comandante interino deu uma série de orientações e explicou como realizar os primeiros socorros. O programa completo pode ser escutado na íntegra no áudio abaixo:
