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Passando a Limpo debate alta da carga tributária no mercado de tabaco

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O programa Passando a Limpo deste sábado (28) debateu a crise que o mercado de tabaco tem enfrentado devido aos aumentos de impostos. Para falar sobre o contrabando do cigarro no Brasil e a importância da cadeia do tabaco, o apresentador Fábio Renner recebeu o diretor de marketing da Souza Cruz, Fernando Bomfiglio, e o consultor da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider.

Para Bomfiglio, as pessoas não entendem as dificuldades das empresas em relação à crise: “Quando há uma elevação de impostos, a imprensa e a sociedade muitas vezes não compreendem os problemas dos setores afetados”. O diretor de marketing acredita que as empresas gostariam de participar da solução dos problemas. “A gente sabe que todos os 27 estados, assim como o Governo Federal e os municípios estão passando por grandes dificuldades financeiras”, lamentou.

Para Bomfiglio o aumento de impostos não surte o efeito desejado: “Os aumentos de impostos vão acontecer, mas a arrecadação pretendida pelo governo não. Se somarmos todos os produtos contrabandeados, o Governo Federal deixa de arrecadar por ano R$100 bilhões”. Segundo ele, o aumento da criminalidade é uma consequência dos altos impostos: “O contrabando é o principal problema enfrentado pelo mercado de cigarros”.

Para o diretor de marketing, o contrabando afeta todos os setores do mercado de cigarros: “Os produtores rurais e a nossa cadeia produtiva que acaba demitindo pessoas”, são exemplos destacados por Bomfiglio. “A líder do mercado de cigarros em São Paulo é uma marca de contrabando vinda do Paraguai”, destacou.

Já Romeu Schneider, é difícil acreditar no tamanho dos números de contrabando no Brasil: “Os órgãos estão sentindo que alguma coisa precisa ser feita. Está exponencialmente crescendo o número de contrabando no Brasil”. Segundo o consultor, para esse número diminuir, o consumidor precisa se conscientizar: “Quando há contrabando quer dizer que há alguém que compra esses produtos contrabandeados”.

Assim como Bomfiglio, Schneider também vê no aumento de impostos o principal motivo para o contrabando: “Nós temos no Brasil uma das maiores tributações sobre o cigarro do mundo, mesmo que a população tenha menor poder aquisitivo”. O consultor ainda vê no movimento antitabagista um agravante no mercado de tabaco. “Os antitabagistas acreditam que a solução para diminuir o consumo seja o aumento dos impostos, mas não é isso que está acontecendo”, argumentou.