Na manhã desta segunda-feira (16), o perito forense em leitura labial, Roberto Meza Niella, concedeu entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, onde deu seu parecer sobre a palavra proferida por Rafael Ramos ao meia Edenilson, do Internacional, em partida ocorrida no último sábado (14). O atleta do Inter afirma ter sido chamado de macaco, o que caracteriza crime de injúria racial.
Conforme Niella, o atleta corinthiano realmente proferiu a palavra.
“A gente conseguiu identificar de uma forma muito tênue por parte dele que a palavra é macaco.”, disse.
O perito complementa que a ofensa foi acompanhada de um “palavrão”, que não ficou claro, mas que parece ser a palavra de baixo calão “caralho”.
“A gente não tem certeza, mas a frase completa seria “macaco do caralho.””, disse Niella.
Após Edenilson registrar boletim de ocorrência por injúria racial, Rafael Ramos teve prisão decretada. O atleta da equipe paulista foi liberado logo após pagar fiança de R$ 10 mil em dinheiro vivo.
Rafael Ramos nega que tenha proferido xingamento racista.
A Polícia Civil investiga o caso.
Sobre o perito argentino Roberto Meza Niella:
Bacharel em Criminalistica e Criminologia. UNNE.
Autor do livro: “Criminalística para Criminalistas, Criminólogos e Peritos Judiciais”. 2018. EMais Editora & Livraria Jurídica.
Trabalha em investigações de casos criminais e elaboração de perícias forenses desde o ano 2000.
Foi Perito Judicial na Justiça Argentina e atualmente é Perito Judicial na Justiça Brasileira nos estados do Paraná e Santa Catarina.
É Perito Judicial na Justiça Federal.
Consultor Forense (Forensic Advisor) para PNUD/ONU durante 2014 na equipe de peritos da Comisão Nacional da Verdade de Brasil.
Director de Forensic Consultoria Ltda, desde 2009, escritório que reúne Peritos Forenses em diversas áreas com atuação no mercado Nacional e internacional.
Consultor internacional em investigações criminais de casos de violações de Direitos Humanos.
Prestou serviços como Assessor Técnico do Ministério de Justiça, DDHH, o Ministério del Interior do Equador e participou como veedor internacional nos fatos acontecidos durante o denominado 30-S.
Especialista em investigação de crimes de lesa humanidade. UNNE
Participou como Consultor Forense na Comisão Nacional da Verdade de Equador.
