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Pesquisa brasileira quer criar colírio contra glaucoma à base de cannabis

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) vai desenvolver um novo tipo de colírio à base de Cannabis para o tratamento do glaucoma, por meio de uma parceria com o laboratório Ease Labs, especializado no uso da substância em medicina.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, atrás apenas da catarata. No Brasil, a estimativa é de que cerca de 2 milhões de pessoas tenham a doença.

O glaucoma é uma inflamação nos nervos óticos que provoca o aumento da pressão nos olhos, dor intensa e vermelhidão. O tratamento geralmente é feito com colírios que controlam a pressão e reduzem a dor. Em alguns casos mais graves, é indicada uma cirurgia.

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Segundo a pesquisadora e coordenadora do grupo de estudos, Sílva Fialho, o objetivo é criar um medicamento mais eficiente, que reduz os efeitos colaterais dos tratamentos existentes.

“Os tratamentos convencionais exigem administração frequente de colírios, então o paciente normalmente tem que pingar colírio várias vezes ao dia. Muitos deles não são eficazes no controle da pressão intraocular. A proposta com esse medicamento não é apenas melhorar a eficácia do tratamento, melhorar o controle da pressão intraocular, mas também desenvolver uma formulação que seja capaz de manter esse controle da pressão por um período maior, fazendo com que o paciente faça administrações menos frequentes”.

Pelo acordo assinado, o laboratório Ease Labs vai fornecer insumos ativos para a pesquisa, o conhecimento técnico relacionado à Cannabis e os métodos para o desenvolvimento do colírio. Ainda segundo Sílvia Fialho, caberá à Funed viabilizar o uso clínico do medicamento, por meio de testes e avaliações.

“A Funed vai ser responsável pelo preparo das formulações, que seria desenvolver o medicamento desde a fase inicial, incorporar a substância ativa (os derivados da Cannabis) em uma formulação. Esse produto final vai ser caracterizado com relação aos seus parâmetros físico-químicos para ver se tem características adequadas para uso nos estudos subsequentes. Então esse medicamento será testado em modelos pré-clínicos in vitro e in vivo. Primeiro a gente avalia a segurança, se não causa nenhum tipo de toxicidade, e em seguida a gente avalia a eficácia deste medicamento em modelos animais de glaucoma”.

De acordo com a Funed, há cerca de 15 anos o grupo de pesquisadores à frente do projeto vem atuando no desenvolvimento de produtos para o uso em oftalmologia.

Texto: Leandro Siqueira/Agência Brasil
Gil Martins

Comunicador e apresentador na Rádio Acústica FM, com mais de 20 anos de atuação na área da comunicação.

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