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Pesquisadores do IBOPE são tratados como criminosos em pesquisa contra coronavírus

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O Ministério da Saúde adotou como modelo no Brasil, a pesquisa de prevalência do coronavírus coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) no Rio Grande do Sul. No entanto, desde o início da pesquisa, no dia 14 de maio, os investigadores vêm passando por situações constrangedoras. Nesta manhã, a epidemiologista Mariângela Freitas da Silveira, integrante da coordenação do estudo participou ao vivo do programa Primeira Hora abordando sobre a situação.

Conforme a coordenadora houve um erro de comunicação entre o Ministério da Saúde e os locais pesquisados: “os municípios teriam que ser avisados sobre a pesquisa”, lamenta. São 250 testes em cada uma das 133 cidades alvos da pesquisa: “A grande maioria dos municípios nos ajudou imensamente”, destaca.

Por meio de uma nota oficial emitida pela UFPel, em cerca de 40 cidades do país não permitiram a realização da busca dos dados, impedindo a ação dos trabalhadores que precisaram esperar autorizações dos gestores municipais do processo burocrático, que pode causar prejuízo aos cofres públicos, visto que a pesquisa é integralmente financiada com recursos públicos.

Ainda conforme Mariângela, o grupo está trabalhando para impedir que a primeira fase seja prejudicada, se for necessário agentes de fiscalização acompanharão os pesquisadores nos locais. A fase inicial deve terminar nesta terça-feira (19) e o resultado deve ser publicado em breve: “é do nosso interesse entregar o mais rápido possível o resultado”, afirma.

Ao todo, 99.750 pessoas de 133 municípios de todas as regiões do país serão submetidas ao teste rápido (sorologia), que detecta se a pessoa já teve a doença. Foram enviados 150 mil testes rápidos para viabilizar a ação.

Conforme a nota, nas situações mais graves, os entrevistadores do IBOPE foram detidos, com uso de força policial, tendo sido tratados como criminosos. As forças de segurança, que deveriam proteger os entrevistadores, foram responsáveis por cenas lamentáveis e ações truculentas, algumas delas felizmente registradas.

Em meio a uma pandemia sem precedentes, o Brasil mereceria que todos os gestores municipais, das 133 cidades incluídas na pesquisa, tivessem o mesmo comportamento da Prefeitura de Manaus, a cidade mais afetada pela pandemia no país, e que mesmo assim, foi a primeira na qual a coleta de dados foi encerrada.

Confira na íntegra: