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Pesquisas sobre soro de cavalos contra Covid-19 recebem financiamento

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Dois projetos que envolvem estudos com o chamado soro hiperimune contra a Covid-19, medicamento feito a partir do plasma sanguíneo de cavalos, receberam aporte de R$ 2,2 milhões da Faperj, Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro.

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Além desse montante, o Instituto Vital Brazil e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que estão desenvolvendo o soro, também ganharam subsídio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no valor de R$ 1 milhão.

A cerimônia de entrega, nesta quinta-feira, no Palácio Guanabara, contou com a presença de membros da comunidade científica fluminense e do governador em exercício Cláudio Castro, que destacou o esforço realizado por essas instituições na busca por tratamentos que amenizem os efeitos da Covid.

Os projetos contemplados têm como foco as diferentes etapas do desenvolvimento do soro equino, que segundo testes em laboratório, se mostrou eficaz contra três variações do novo coronavírus.

O trabalho começou em maio do ano passado, quando cinco cavalos do Instituto Vital Brazil foram inoculados com uma proteína S recombinante do coronavírus, produzida em laboratório. Depois de 70 dias, os plasmas dos animais apresentaram anticorpos muito mais potentes do que os produzidos naturalmente.

O soro contra a Covid-19 também está sendo pesquisado em outros países, entre eles a Argentina, onde o uso emergencial foi liberado no dia 10 de janeiro. No Brasil, o processo está quase lá. O estudo foi aprovado pela Conselho de Ética em Pesquisas com Seres Humanos e agora aguarda liberação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

O tratamento não substitui a vacina, mas tem como vantagem o fato de a soroterapia ser usada há décadas com sucesso contra doenças como raiva e tétano, além de picadas de abelhas, cobras e outros animais peçonhentos, sem registro de reações adversas.

Texto: Lígia Souto/Agência Brasil