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Planos de saúde terão de cobrir teste rápido de dengue

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As operadoras de planos de saúde serão obrigadas a cobrir o teste rápido para o vírus da dengue a partir de janeiro de 2016. O exame oferecido pelas empresas hoje leva sete dias para ficar pronto. O resultado do teste rápido sai em até 24 horas. O Ministério da Saúde aponta que o país já teve 693 mortes causadas pela dengue nos primeiros oito meses de 2015. Este é o ano com o maior número de óbitos provocados pela dengue desde 1990.

A medida é uma de 21 incluídas ontem na lista de procedimentos que as operadoras são obrigadas a cobrir por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Elas também terão de cobrir o antígeno NS1 do vírus da dengue, exame que permite a detecção do tipo hemorrágico nos primeiros cinco dias da doença. O exame para diagnóstico de febre de chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti, foi incluído na lista. O número de casos dessa doença saltou 200% em um ano.

Outras novidades são um implante cardiodesfibrilador, dispositivo que ajuda a evitar morte súbita em doentes cardíacos, e a enzalutamida, medicamento oral para tratamento do câncer de próstata. A ANS também ampliou o uso de procedimentos já cobertos pelas operadoras. Grávidas e mulheres em amamentação terão direito a fazer 12 consultas em nutrição – atualmente são seis.

– Isso faz parte da nossa campanha para estimular grávidas a fazerem parto normal. Para isso, precisamos garantir que a mulher tenha a gravidez mais saudável possível – diz a gerente-geral de regulação assistencial Raquel Lisboa.

Lista pode motivar aumento dos preços

Um procedimento foi excluído: a cirurgia para corrigir o excesso de pele nas pálpebras. Segundo a agência, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia considera o procedimento obsoleto.

A ANS não descarta a possibilidade de aumento na mensalidade dos planos como resultado dessas inclusões. Se houver, ele acontecerá em maio de 2017, mês em que o valor da mensalidade é revisto a cada ano.

– Durante todo o ano de 2016, a equipe técnica fará acompanhamento das demandas. A partir daí, quando chegarmos ao final de 2016, vamos avaliar se terá impacto nas mensalidades que serão apresentadas em 2017. O tamanho desse impacto varia, pode ser 0,5%, 1%, depende da utilização dos procedimentos e medicamentos – disse José Carlos Abrahão, diretor-presidente da ANS.