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Plantio da safra de trigo atinge 90% do total

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Segundo o levantamento sobre a situação das principais culturas e criações no Rio Grande do Sul, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (19), a semeadura da safra de trigo encaminha-se para o final no Estado. O plantio alcança 90% do total, tendo 85% germinados. Apesar do atraso na evolução das lavouras em relação ao ano anterior, a cultura apresenta bom desenvolvimento e perfilhamento, consequência das boas condições climáticas verificadas nos últimos dias. 

Os triticultores seguem realizando os tratos culturais necessários nas lavouras, bem como o controle de doenças fúngicas, que, este ano, devido às boas condições de temperatura e umidade, apresentam-se em raras situações. Com relação à cotação, a saca de 60 kg de trigo vendida pelo produtor obteve uma significativa valorização (4,72%) em relação ao preço da semana passada, alcançando R$ 25,27. Apesar desse aumento, o preço encontra-se defasado se forem consideradas as cotações históricas para o atual período (-13,76%). 

No Vale do Rio Caí, região bastante tradicional no cultivo do morangueiro, a cultura vem se desenvolvendo bem, sem problemas fitossanitários, sem a necessidade de aplicação de agroquímicos. Isso implica em custos de produção menores, qualidade do produto mais salutar e menor impacto no meio ambiente.

Quanto ao vigor, em função das friagens e da ausência constante da insolação pela formação de neblina nos últimos dias, a cultura ressentiu-se e impactou em uma estagnação do vigor. A primeira florada já está em plena frutificação, estando os morangos com metade do crescimento. 

A formação de geadas nas áreas menos protegidas provocaram prejuízos nos bananais, que serão observados nos meses futuros. Os bananais estão em produção e a fruta está em ponto de colheita com boa qualidade e, em alguns casos, com redução de peso.

A banana-caturra e a banana-prata estão valorizadas. O surgimento de novos cachos está com redução do número de pencas e, inevitavelmente, com reflexos na produtividade nos próximos meses. 

Também para a cebola o clima foi bom. Após um período de temperaturas altas e inadequadas, o frio moderado do período trouxe benefícios à cultura que apresenta um desenvolvimento satisfatório e sem problemas com de sanidade. 

Na região serrana, continuam os trabalhos de transplantio das mudas de variedades precoces, apresentando muito bom pegamento. As sementeiras da variedade crioula, cultivar tardio, estão apresentando boa recuperação e retomada do crescimento, bem como estão se mantendo imunes a pragas e doenças. 

No litoral médio, as chuvas de boa intensidade restabeleceram a tranquilidade aos cebolicultores, a vazão e os volumes dos mananciais de água e a umidade adequada do solo. O frio da semana, porém, retardou o pegamento das mudas transplantadas. 

O estado sanitário do rebanho bovino de corte é bom, mas ocorrem alguns focos de infestação de carrapatos. O estado corporal é regular, com perda de peso dos animais que permanecem exclusivamente em campo nativo. Na fronteira oeste do Estado os pecuaristas estão utilizando feno de palha de arroz para auxiliar na alimentação dos animais, pois o campo nativo está muito prejudicado pelas geadas. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, também há procura por feno, mas a disponibilidade é pequena, havendo também o uso de ração para minimizar o déficit alimentar presente na maioria das propriedades. Com a estiagem de maio e junho, as pastagens cultivadas sofreram atraso no seu estabelecimento, que, devido ao frio extremo e continuado, apresentam desenvolvimento muito lento, agravando a situação no mês de julho, afetando também propriedades que normalmente apresentam boa condição alimentar, pelo uso das pastagens cultivadas, especialmente as gramíneas anuais como aveia e azevém.