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Portal da transparência fica inacessível após polêmica com gastos do Executivo Federal

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O Portal da Transparência do governo federal, saiu do ar na noite desta terça-feira (26) e permanecia inacessível até as primeiras horas desta quarta-feira (27). Por volta das 8h30, o site já estava disponível para acesso. A página saiu do ar após os gastos do Executivo com alimentos, incluindo os R$ 15 milhões pagos em leite condensado, polemizarem em caráter público.

Os gastos alimentícios do governo federal somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020. Além dos R$ 15 milhões gastos com leite condensado, R$ 2,2 milhões pagos em chicletes e R$ 32,7 milhões em pizza e refrigerante. O total gasto em alimentos em 2020 é 20% maior que em 2019.

Os altos valores das compras do Executivo chamaram a atenção da oposição. Parlamentares contrários ao governo protocolaram uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo averiguação sobre as compras do Executivo. O documento formalizado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) cita que o valor das despesas vai na contramão dos princípios que regem o Direito Administrativo Brasileiro.

“Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”, diz parágrafo do documento.

Representantes do PSOL, o deputado David Miranda (RJ) e as deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA) protocolaram uma ação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, abra investigação sobre os gastos de R$ 1,8 bilhão.