Search
[adsforwp-group id="156022"]
Saúde

Prefeitura de Amaral Ferrador emite nota de esclarecimento sobre interdição do Hospital São José

Segundo a administração municipal, "os itens citados e que levaram à interdição, são irrisórios, irrelevantes e sem gravidade alguma"
Prefeitura de Amaral Ferrador emite nota de esclarecimento sobre interdição do Hospital São José
Prefeitura de Amaral Ferrador emite nota de esclarecimento sobre interdição do Hospital São José. Foto: Ouvinte | Acústica FM
A Prefeitura de Amaral Ferrador emitiu uma nota de esclarecimento sobre a interdição da Sociedade Hospitalar São José. A Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul interditou o hospital, na manhã dessa segunda-feira (25), após a constatação de irregularidades na instituição de saúde.
A unidade é um ponto de referência para o primeiro atendimento, garantindo que os pacientes recebessem os cuidados iniciais e fossem encaminhados para outros hospitais com maior complexidade quando necessário. Diante disso, a administração municipal de Amaral Ferrador se manifestou através de suas redes sociais, onde ressalta que antes da interdição do Hospital São José, a Vigilância Sanitária Estadual recebeu uma denúncia de irregularidades na instituição.
“Os itens citados e que levaram à interdição, são irrisórios, irrelevantes e sem gravidade alguma”, segundo a Prefeitura de Amaral Ferrador.

Confira a nota da Prefeitura de Amaral Ferrador na íntegra

A administração municipal de Amaral Ferrador, vem a público prestar esclarecimentos em face do ocorrido na manhã desta segunda-feira (25).
Acontece que após denúncia efetuada, uma equipe da vigilância sanitária estadual, esteve vistoriando a Sociedade Hospitalar São José. Em respeito a população e aqueles que aguardam uma resposta verdadeira, sem cunho político, estaremos esclarecendo os pontos que levaram à interdição do nosso hospital.
Tudo isso partiu após uma denúncia, informação essa passada pela própria vigilância sanitária. Porém os itens citados e que levaram à interdição, são irrisórios, irrelevantes e sem gravidade alguma. Podia sim a vigilância apenas advertir e manter o funcionamento, porém executaram de maneira arbitrária, autoritária e sem pudor nenhum a interdição. Não houveram argumentos suficientes por parte da secretária, nem do assessor jurídico do município que chegassem a tempo.
Muitas vidas foram salvas graças ao primeiro atendimento no hospital, a estabilização de um paciente com quadro grave antes de encaminhar é vital antes de chegar em nossas referências. Sabemos que em se tratando de um município pequeno e com poucos recursos, é praticamente inviável manter um padrão de hospital como a lei determina. No papel é fácil para quem não conhece a nossa realidade. Faltou sensibilidade da vigilância sanitária e isso é fato.
Outro fator importante, é que a vigilância sanitária indica o atendimento no posto de saúde, porém ela mesma proíbe (no papel), tal ação. Visto que nossa unidade básica de saúde não tem a permissão para atendimento de urgência e emergência.
Outro fator curioso, é que o município foi contemplado com um valor em torno de R$700.000,00 (setecentos mil reais) para a modernização, porém o projeto está parado na própria vigilância há mais de 8 meses. Esse valor seria para melhorias no prédio e investimento em novos equipamentos. Com essas melhorias não haveria a necessidade de interdição. Porém quem deveria ter liberado o projeto para a execução, não o fez, ainda lacrou as portas do nosso hospital.
OS MOTIVOS DA INTERDIÇÃO, SEGUNDO A VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Os três itens listados pela vigilância sanitária, que, segundo eles, foram os motivos da interdição, são eles:
1° Ausência de uma enfermeira no momento que eles adentraram no hospital;
2° O aparelho de autoclave (CME), estar em uma outra sala que não na dele;
3° Um laudo técnico atestando a qualidade da água do hospital;
Foram esses os três itens responsáveis pela interdição do Hospital.
O ESCLARECIMENTO
* A ausência da enfermeira se deu porque a mesma estava em diligência, porém tínhamos dois enfermeiros de sobreaviso ao lado, no posto de saúde, menos de 40 metros do hospital. Mesmo assim, a administração municipal já está contratando mais uma enfermeira para trabalhar no hospital.
* O aparelho de autoclave, o qual realiza a esterelização de equipamentos, estava com problema de mal contato em sua tomada original, sendo deslocado para uma sala ao lado para realizar o procedimento em razão disso. Logo voltaria para sua sala de origem e a tomada seria substituída.
* O laudo atestando a boa qualidade da água estava no e-mail, porém a vigilância exigiu impresso naquele momento, logo em seguida foi feito, porém não surtiu efeito. Posteriormente será encaminhado para a 3° coordenaria de saúde na cidade de Pelotas.
Estas foram as razões para a interdição do nosso hospital, o único recurso de urgência e emergência do município. Tememos muito pela vida, nosso hospital não poderia de maneira alguma estar fechado nem por 5 minutos.
Desde quando a atual administração assumiu em 2017, não medimos esforços para manter médicos 24 horas por dia, remédios e insumos para a execução de procedimentos, bem como ampliar e manter uma equipe completa em escalas para nunca deixar nossa população vulnerável.
Na data de hoje, a administração municipal já realizou a contratação de mais uma enfermeira, já providenciou o conserto da tomada do aparelho de autoclave e o laudo atestando a qualidade da água já estava OK.
Visto os fatos e elucidados os motivos, nota-se que não há gravidade alguma e muito menos razão para esse ato insano e desumano com a população de Amaral Ferrador. Repudiamos veementemente tal ação, pois somos um município judiado pelo acesso de 38 quilômetros de estrada de chão, referências longe e toda a dificuldade em dias de chuva causando isolamento por cheias ou excesso de barro na estrada (que é de responsabilidade do governo do estado).
Quando aos denunciantes, lamentamos que alguém seja frio e tenha tamanho grau de insanidade. A prefeitura de Amaral Ferrador irá apurar e sempre que tiver mais informações estará tornando público para a população.

Tags: Amaral Ferrador, Hospital, Saúde, Sociedade Hospitalar São José, Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul