A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) buscou, nesta quarta-feira (12), apoio dos deputados estaduais em relação a proposta de aumento da carga tributária do Estado. A ação foi realizada porque o Governo já sinalizou que deve ampliar a carga tributária via ICMS dentro do plano de ajuste fiscal. Nos encontros com os deputados, a entidade apresentou os impactos negativos que a alta do ICMS pode causar sobre a economia e a sociedade gaúcha.
Em entrevista ao vivo ao programa Primeira Hora da Acústica FM na manhã desta sexta-feira (14), o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, afirma que o órgão é contrário ao aumento de impostos: “O problema do Estado não é a falta de recursos. Temos uma relação ICMS/PIB semelhante ou maior do que outros Estados com estrutura comparável. A arrecadação de ICMS cresceu 132,7% entre 1997 e 2014, sendo que apenas no ano passado cada gaúcho pagou R$ 2.306,91 em imposto, valor muito superior à média brasileira para o tributo”, avaliou. Ainda segundo Bohn, o Estado deve buscar outras alternativas para reverter a crise.
A Fecomércio defende também, que o Estado reforme a previdência dos novos servidores estaduais nos moldes já aplicados pela União, coloque teto de crescimento da folha de pagamento e gastos correntes em, no máximo, 1% acima da inflação, reduza número de secretarias e de cargos em comissão (CCs) e a aceleração do investimento com recursos privados, por meio de parcerias público-privadas (PPPs).