Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, o presidente da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), Marcelo Maranata, abordou a crítica situação da saúde na região, apontando para um déficit financeiro e estrutural que exige medidas urgentes.
Presidente da Granpal alertou para situação de hospitais que operam acima da capacidade
Maranata destacou a necessidade de descentralizar os serviços de saúde, investindo em hospitais da região metropolitana para desafogar Porto Alegre, cujos hospitais já operam acima da capacidade. Ele citou como exemplo a necessidade de abrir o Hospital Universitário (HU) em Canoas e dar atenção aos hospitais da região para que possam absorver a demanda local.
O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, complementou a fala de Maranata, ressaltando que o interior também precisa ser olhado com atenção, para diminuir a pressão sobre a capital. Ele mencionou o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre, único local que atende queimados em toda a região metropolitana, gerando um alto custo para o município.
Maranata defendeu uma atualização da tabela SUS e uma repactuação do Teto MAC na CIB (Comissão Intergestores Bipartite), para garantir que os serviços essenciais sejam adequadamente financiados. Ele também expressou preocupação com a chegada do inverno, que tende a agravar os problemas de saúde na região, especialmente em um contexto de crise social e econômica.
O presidente da Granpal informou que pretende se reunir com o novo ministro da Saúde, Marcelo Padilha, entre os dias 7 e 8 de abril, para apresentar um plano de ação para o governo federal. Ele enfatizou a importância do diálogo e da união de esforços entre os municípios, o estado e a União para encontrar soluções para a crise na saúde.
Maranata também mencionou a questão da iluminação pública, que tem gerado reclamações da população em relação às concessionárias de energia. Ele informou que o Ministério Público está ao lado dos prefeitos para garantir que o estado cumpra o limite constitucional de investimento em saúde, que é de 12% da receita.
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Assista na íntegra como foi a entrevista:
