Na última quarta-feira (19), o presidente do SindiSaúde-RS, Julio Jesien, anunciou, em entrevista à Rádio Acústica FM, a possibilidade de uma greve no Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) devido a atrasos no pagamento de salários e à falta de reajuste para os trabalhadores da saúde. A declaração levantou proucupação entre os moradores de Camaquã e municípios vizinhos que dependem dos serviços do hospital. Em resposta, na manhã desta quinta-feira (20), o presidente do HNSA, Otávio Morais, foi convidado a esclarecer a situação. Morais refutou as alegações de Jesien, afirmando que as informações sobre salários atrasados e falta de pagamento do piso salarial são inverídicas.
Segundo o presidente, em 24 meses de gestão, o hospital teve apenas três meses com atrasos, todos eles de poucos dias, decorrentes de bloqueios judiciais relacionados a gestões anteriores. Morais enfatizou que, ao longo de sua gestão, o hospital conseguiu avanços significativos, incluindo o pagamento antecipado do 13º salário e a regularização do piso salarial. Ele destacou ainda que a equipe do HNSA, composta por mais de 400 colaboradores, está comprometida em oferecer um atendimento de qualidade à população.
A tensão se intensificou com a convocação de uma assembleia marcada para amanhã, onde a possibilidade de greve será discutida. Morais se mostrou preocupado com a desinformação que pode afetar a confiança da comunidade e a estabilidade do hospital, ressaltando a importância de um diálogo aberto e transparente entre a direção e o sindicato.
O advogado do hospital, Luan Soares, também presente na entrevista, reforçou que o HNSA está trabalhando para resolver as questões financeiras e que já existem canais de comunicação estabelecidos com o SindiSaúde-RS. Ele expressou a necessidade de um entendimento mútuo para evitar que informações distorcidas prejudiquem a operação do hospital e a saúde da população.
Confira a entrevista com o presidente do Hospital de Camaquã