A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quinta-feira (18), o segundo suspeito de provocar a morte da médica Graziela Leria, de 32 anos, durante um assalto em Porto Alegre. Davi de Oliveira, 20 anos, foi encontrado na Capital.
Segundo o delegado Cleber Ferreira, diretor do Departamento de Polícia Regional de Porto Alegre, ele apresentava uma série de queimaduras pelo corpo. O outro suspeito, Richard Petry, de 19 anos, se apresentou à polícia na tarde de ontem.
Davi de Oliveira prestou depoimento na 4ª Delegacia de Polícia. Os esclarecimentos ao delegado Hebert Ferreira foram feitos com o suspeito deitado, já que ele não conseguia sentar em razão de queimaduras em diversas partes do corpo.
O depoimento acabou sendo interrompido após Davi ter uma convulsão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisou ser chamado e levou o suspeito para o Hospital Cristo Redentor.
Conforme a advogada de Davi, Eliane Fontoura, ele não participou da morte da médica. “Ele só colocou fogo no carro dela. Acabou explodindo junto com o carro. Não estava junto na hora do tiro”, disse.
O veículo da médica foi encontrado incendiado na zona sul de Porto Alegre. Conforme o delegado Cleber Ferreira, há outros envolvidos no crime.
“Tem mais pessoas envolvidas. Ele [Davi] alega que se dá com o pessoal todo e sabe como aconteceu os fatos. Que quem estava com a arma foi o Richard e quem desferiu o tiro foi o Richard. E o Richard não estava sozinho na hora do disparo. Estava acompanhado de um comparsa”, disse.
Morte em assalto
Graziela foi assaltada na noite de domingo, no cruzamento das avenidas Sertório e Ceará, no bairro São João, zona norte de Porto Alegre. A médica estava com o carro parado na sinaleira, na companhia da irmã, quando dois homens se aproximaram e tentaram abrir as portas do veículo.
Ao perceberem as portas trancadas, os criminosos abriram fogo, atingindo Graziela. Ela e a irmã conseguiram descer do veículo, mas a médica foi levada em estado gravíssimo para o Hospital Cristo Redentor, onde morreu no fim da madrugada de segunda-feira. A dupla presa trabalhava transportando frutas do interior do estado para a Ceasa. Na noite de domingo, eles retornavam em um caminhão vindo de Santa Cruz do Sul, quando abordaram a vítima.
