A previsão de chuvas expressivas para os próximos dias em várias regiões do Rio Grande do Sul irá ajudar a reverter os efeitos da estiagem de dezembro e primeira quinzena de janeiro. É o que aponta o Relatório Oficial nº 2, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater e o Irga.
Entre esta segunda (27/1) e terça-feira (28/1), o forte calor manterá a possibilidade de chuva de verão, com temperaturas próximas a 35°C na maior parte do Estado. Na quarta-feira (29/1), a propagação de uma área baixa pressão provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados.
A previsão numérica indica que os totais mais elevados de chuva deverão ficar concentrados sobre a Metade Sul e no Oeste do Estado. Os valores deverão oscilar entre 20 e 35 mm em grande parte dos municípios, podendo superar 50 mm em alguns locais da Campanha. No Alto Vale do Uruguai, Região Central, Vale do Taquari e Vale do Rio Pardo, os totais esperados deverão variar entre 10 e 20 mm.
Chuva ajudou
Na última semana, os totais de precipitação registrados amenizaram a condição de estiagem sobre boa parte do Estado, mas, de acordo com o relatório, ainda são necessárias chuvas mais regulares para reverter a situação. Os volumes mais expressivos registrados pela rede Inmet/Seapdr ocorreram em Teutônia (80 mm), Santa Rosa (84 mm) Passo Fundo (86 mm), Bagé (97 mm), Caçapava do Sul (98 mm), Santa Maria (118 mm), Uruguaiana (128 mm) e São Luiz Gonzaga (136 mm).
Situação das culturas de verão
O cultivo da soja chegou a 100% da área prevista para a safra deste ano, com 48% das lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo, 39% em floração e 13% na fase de enchimento de grãos. Com as chuvas, a cultura retomou o crescimento.
No milho, que foi a cultura mais afetada pela estiagem, 15% das lavouras se encontram em germinação e desenvolvimento vegetativo, 12% em floração, 25% em enchimento de grãos, 26% maduro, e 22% já colhidos. As maiores perdas ocorreram nas regiões de Santa Maria, Ijuí, Lajeado, Soledade, Porto Alegre e Caxias do Sul.
O arroz, que está atualmente com 66% das áreas em estádio reprodutivo, não sofreu com a estiagem e deve ter produtividade dentro da média histórica.