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Primeira usina de etanol em grande escala do RS quer suprir 23% da demanda no Estado

Foto: Acústica FM
Foto: Acústica FM

O Rio Grande importa 99% de sua demanda de etanol e a partir de 2027, quer suprir 23% dessa necessidade. Para aumentar a produção do biocombustível, o  governo do Estado assinou, nesta segunda-feira, um protocolo de intenções com a empresa BSBIOS. O documento estabelece o investimento de R$ 316 milhões na primeira fase de implantação de unidade de usina produtora de etanol e farelos a partir do processamento de cereais (milho, trigo, triticale, arroz, sorgo, dentre outros). 

 

“A questão da energia renovável dialoga, sem dúvida nenhuma, com a direção que queremos para o Rio Grande do Sul. Temos um imenso potencial para a produção de etanol, a demanda interna chega a 1 bilhão de litros por ano. O governo vem consolidando seu compromisso para a expansão da produção e iniciativas como a de hoje são essenciais para que este espaço possa ser aproveitado. Com o Pró-Etanol, construído para ultrapassar governos, buscamos a autossuficiência da produção, o que vai fomentar toda uma cadeia de produtores, armazenadores e distribuidores gerando emprego, arrecadação e desenvolvimento”, disse Ranolfo.

O empreendimento deve representar um incremento de R$ 1,3 bilhão em faturamento anual para o ECB Group, e vai gerar 143 novos empregos diretos e aproximadamente 1.000 indiretos. A usina será flexível para a produção de etanol anidro (que pode ser adicionado na gasolina) ou hidratado (consumo direto) terá capacidade de 111 milhões de litros em sua primeira fase e, atingirá 220 milhões de litros, dobrando sua capacidade, quando totalmente instalada. Ela estará localizada na cidade de Passo Fundo, na BR 285, Km 316.

A fábrica vai oferecer também ao mercado o farelo que vem da produção do etanol. Obtido imediatamente após o processo fermentativo de produção de etanol, é um importante coproduto do processo de fermentação de grãos, com grande potencial de utilização para produção de rações animais destinadas à cadeia de produção de alimentos. Serão produzidos 155 milhões de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal na segunda fase do projeto.

“A iniciativa vai representar um incremento na oferta de farelo para as cadeias produtivas de proteínas animais, além de promover investimento em desenvolvimento de tecnologia genética para produção de trigo específico para produção de etanol e de ser uma oportunidade viável de renda para o agricultor com a cultura de cereais de inverno”, destacou Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBios.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Joel Maraschin, observou que entre as possibilidades articuladas no protocolo de intenções do governo do Estado com a BSBios está a adesão da empresa ao Fundo Operação Empresa do Estado do RS (Fundopem) e ao Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do RS (Integrar).