Durante manifestação organizada ontem pelo Cpers/Sindicato na Praça da Matriz, em Porto Alegre, os professores encenaram a prisão de Tarso Genro. Para a categoria, o governador não cumpre a lei que determina o pagamento do piso nacional e deveria ir para a cadeia. “Os professores estão tentando chamar a atenção, e para isso criaram este fato. Eu encaro com bom humor”, comentou Tarso durante a coletiva de imprensa sobre sua viagem para Israel e Palestina, marcada para quinta-feira – último dia da greve dos professores, que começou ontem.
Enquanto o governador explicava os objetivos da comitiva que irá ao Oriente Médio em busca de um polo aéreo espacial para o Estado, os professores protestavam em frente ao Palácio Piratini. No caminhão de som, a música Novo Tempo, de Ivan Lins, era cantada por cerca de cinco mil professores: “no novo tempo, apesar dos castigos, de toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga pra nos socorrer”.
O movimento foi caracterizado pela alternância de canções que faziam referência à luta dos professores com manifestações. A maioria dos inscritos para falar em cima do “palanque” fez referência à conquista dos estudantes em relação ao valor da passagem de ônibus na Capital, que foi reduzida de R$ 3,05 para R$ 2,85.
A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, considerou satisfatória a greve. “Nós tivemos a adesão de 80% das escolas neste primeiro dia de paralisação”, informou ela. A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) não confirma os números do sindicato. Conforme levantamento feito pela Seduc, do universo de 2.574 escolas, foram pesquisadas 1.521. Destas, apenas 13% paralisaram totalmente as atividades, e 31% parcialmente. O índice representa a estimativa de 18 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
O governo pede que os pais levem os filhos para a escola normalmente e garante que apesar de respeitar a greve, as atividades da paralisação não podem ser consideradas letivas. Além disso, as aulas deverão ser recuperadas durante o período letivo e os grevistas terão desconto na folha de pagamento.
Para hoje está programada uma marcha nacional em Brasília para pedir o piso nacional em todos os estados, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e a aplicação de 100% dos royalties do petróleo para o setor. Às 14h o Cpers/Sindicato terá uma audiência com representantes do Ministério da Educação. Amanhã as manifestações serão organizadas pelos 42 núcleos da entidade.
Neiva Lazzarotto, professora da rede estadual, chamou o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, de mentiroso. “O secretário mente quando declara que se aposentou com salário de R$ 6 mil, como se isso fosse corriqueiro, e que o nosso salário chega ao piso nacional. Ele é mentiroso. Na campanha, Tarso prometeu o piso nacional, e nós temos que cobrar isto”, afirmou a professora.
Na coletiva de imprensa, encerrada de forma abrupta imediatamente após o tema da greve ter sido mencionado pelos repórteres, Tarso alegou que nenhum professor da rede pública estadual recebe salário menor do que o piso. O piso nacional é de R$ 1.567,00 para 40 horas por semana. No Estado, o valor não chega a R$ 1.000,00. Tarso alega que paga o piso, pois o Estado contabiliza os adicionais na folha de pagamento da categoria.
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