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Professores estaduais do RS decidem seguir em greve até o dia 11

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Os professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul vão seguir em greve até o próximo dia 11, data em que os funcionários receberão o pagamento da segunda parcela dos salários. A decisão foi tomada no início da noite desta quarta-feira (2) durante reunião do Cpers/Sindicato, que representa os professores.

A categoria é uma das mais de 40 do funcionalismo público estadual que realizam uma greve geral em protesto contra o parcelamento de salários adotado pelo governo do Estado. A paralização começou na última segunda-feira (31), dia em que a medida foi anunciada pelo governador José Ivo Sartori, e está prevista para terminar na quinta-feira (3).

Segundo a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, a continuidade da greve foi definida pelo Conselho do sindicato. No próximo dia 11, ocorrerá uma nova assembleia geral para definir os rumos da mobilização dos professores.

O sindicato estima que 93% das escolas estaduais aderiram à paralisação em todo o estado. A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) não divulga números sobre a paralisação. As aulas perdidas no período serão recuperadas em janeiro, em calendário a ser definido, diz Helenir.

Outras categorias também podem prolongar a greve. Segundo a Federação Sindical dos Servidores Públicos no Rio Grande do Sul (Fessergs), que representa vários sindicatos e coordena o movimento de greve unificado, a decisão deve ser tomada nesta quinta-feira (3).

Parcelamento de salários e greve

Em pronunciamento na segunda-feira (31), no Palácio Piratini, o governador José Ivo Sartori detalhou o cronograma de pagamentos, em quatro parcelas. Além dos R$ 600 já depositados, mais R$ 800 serão pagos até o dia 11 de setembro. Já no dia 15 está programado o crédito de R$ 1.400. A parcela complementar para quem ganha acima de R$ 2.800 será creditada até dia 22.

A medida causou indignação e motivou protestos. Na segunda-feira (31), os servidores iniciaram uma greve de quatro dias. A paralisação, que afeta serviços essenciais como educação e segurança, está prevista para terminar na quinta-feira (3), mas pode ser prolongada.

A Federação Sindical dos Servidores Públicos no Rio Grande do Sul (Fessergs) estima que 100 mil servidores tenham aderido à paralisação. Professores, policiais civis e militares e agentes penitenciários foram os que mais participaram do movimento até agora. Um novo ato está marcado para esta quinta (3) em frente ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.

A União também repetiu a medida adotada no mês anterior e bloqueou novamente as contas do governo do estado na terça-feira (1º). O governo do Rio Grande do Sul garantiu que a medida não vai afetar o pagamento dos salários dos servidores. Ainda nesta quarta (2), Sartori vai a Brasília acompanhado do procurador-geral do estado, Euzébio Ruschel, para participar de reuniões no Supremo Tribunal Federal (STF).