Search
[adsforwp-group id="156022"]

Projeto de produção de bioabsorventes na Penitenciária de Guaíba concorre ao Prêmio Innovare 2022

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG) recebeu a
visita da auditoria que avalia o projeto de produção de absorventes ecológicos
realizado pelas apenadas inscrito no Prêmio Innovare 2022. Esse é o primeiro
passo para que sejam analisadas as práticas submetidas ao Instituto Innovare,
que premia anualmente, desde 2004, iniciativas que contribuem para o
aprimoramento da justiça no Brasil.

– Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp de graça tocando aqui!

Representantes do Instituto Innovare entrevistam os
responsáveis pela prática, bem como visitam as instalações onde são realizadas
as iniciativas. Participaram da entrevista, a secretária adjunta de Justiça e
Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), Carolina Ramires, a diretora da
unidade e coordenadora do projeto, Isadora Carlotto Minozzo, servidores da
Superintendência de Seguros Privados (Susepe) e da SJSPS.

Além da confecção de absorventes ecológicos, a proposta tem
o objetivo de instruir as apenadas sobre saúde menstrual e reprodutiva. Uma das
salas é dedicada a aulas com profissionais de saúde, nas quais são discutidos
temas de cuidado com a saúde e higiene menstrual, além da cultura e do
preconceito que existem sobre a menstruação e o corpo da mulher. Outro espaço é
dedicado à confecção dos absorventes, que são feitos com um tecido
especialmente desenvolvido pela empresa Herself, parceira do projeto.

Siga a Acústica no Google notícias e receba nossas informações de graça tocando aqui 

“A iniciativa tem um caráter de preservação do meio
ambiente, de acesso à informação e impacto na cultura, promovendo a dignidade
menstrual no ambiente da penitenciária”, afirmou a secretária adjunta. Ela
também ressaltou a envergadura que o projeto ganhou ao lembrar que a iniciativa
foi exposta no South Summit, realizado em maio, em Porto Alegre.

A diretora da unidade observou que a iniciativa ajuda a
promover uma mudança na forma como se lida com o sistema prisional. “Nós vemos
esse ambiente como sendo masculino, todas as regras estabelecidas são feitas
pensando na perspectiva masculina. Então, é importante promover projetos como
esse que ressaltam que a mulher no sistema penal tem necessidades diferentes,
tem uma higiene diferente e exige recursos diferentes”, disse Isadora.

Em janeiro, a produção de bioabsorventes foi eleita um dos
oito melhores projetos brasileiros de trabalho prisional selecionados pelo
Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A iniciativa tem sido um modelo
para implementação em outros estados.

Texto: Ascom Susepe