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Psicóloga de Bernardo afirma que menino chegava dopado de medicamentos nas consultas

O depoimento da última testemunha convocada pelo Ministério Público no terceiro dia do julgamento de Leandro Boldrini em Três Passos, no Noroeste do RS, durou em torno de duas horas e meia e foi o mais impactante da manhã desta quarta-feira (22). 

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A psicóloga Ariane Schimidt reforçou o que outras pessoas ouvidas pela acusação disseram sobre a negligência do pai com o menino. Segundo Ariane, que atendia o menino entre 2011 e 2013, ele era muito disperso e carente. 

Muitas vezes,segundo os relatos de Ariane, a criança chegava com roupas sujas, e também dopado de medicamentos. Disse também que a higiene do menino era precária e que muitas vezes ele estava com febre no momento das consultas  

Durante o depoimento, a psicóloga revela que Leandro foi irônico quando o marido dela foi prestar solidariedade a ele quando Bernardo estava desaparecido. Ariane estava nos Estados Unidos à época

“Meu marido como um pai amoroso que é, ele foi com um tio visitar o irmão(leandro) que perde o sobrinho. Eles operavam juntos, muito colaborativos um com o outro. Um vínculo muito forte. E ele chegou lá comovido, acho que foi junto com o Dr. José. Chegou lá super comovido, e foi muito mal interpretado.*

Promotor: Muito mal interpretado? – promotor  

Me lembro até das palavras que ele perguntou. 

Promotor: Que palavras? 

*Que o Dr. Leandro teria dito para ele “Você também veio comprar órgãos?”. E ele falou, não, eu estou chocado, como pai e como teu amigo, eu vim saber do teu filho”, revelou a psicóloga.

Em outro relato, afirmou que o garoto queria ser médico como o pai, mas Boldrini não dava atenção ao filho e nem o incentivava. Descreveu Bernardo como “órfão de pai vivo”

Ao ser questionada pela defesa de Boldrini sobre a relação  dele com a mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, Ariane revelou que a esposa de Leandro também se sentia abandonada

Odilaine cometeu sucidio em 2010 dentro do consultório de Leandro Boldrini, seu marido na época. 

Na sessão desta quarta-feira, Leandro Boldrini  não está presente mais uma vez. Ainda passando por problemas de saúde, segundo a defesa, foi encaminhado ao presídio de Ijuí. 

Agora à tarde, começaram os depoimentos das testemunhas convocadas pela defesa, que abriu mão de ouvir uma delas. Ao todo, são mais duas.

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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