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Quase oito mil lojas foram fechadas no RS em 2016

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Foram fechadas 7.735 lojas no Rio Grande do Sul em 2016. O levantamento foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio. Apesar de ruim, é um resultado menos pior do que em 2015, quando foram fechados 9.261 estabelecimentos.

 

O levantamento do Ministério do Trabalho já havia apontado fechamento de postos de trabalho no varejo gaúcho no ano passado. As lojas cortaram 5.588 empregos com carteira assinada.

 

Neste ranking negativo, o Rio Grande do Sul ficou em quinto no País. São Paulo liderou, fechando mais de 30 mil lojas. No País todo, foram quase 109 mil estabelecimentos que fecharam as portas em definitivo no ano passado.

 

– O resultado menos pior no Rio Grande do Sul até é uma boa notícia no cenário nacional, já que o varejo gaúcho responde por 7,6% do faturamento no País. – explica o economista Fabio Bentes, da CNC.

 

O economista avalia que, apesar de séria, a crise nas finanças públicas afetou menos as vendas no Rio Grande do Sul do que em outros Estados, como Rio de Janeiro. E lembramos também que as vendas de inverno ajudou bastante, com um frio intenso. Lojistas refizeram encomendas de confecções para a indústria e até venderam estoques de anos anteriores.

 

– O varejo acumula uma queda de vendas de cerca de 9%. Em 2015, foi superior a 13%.

 

Os dados do varejo do fechamento de 2016 serão divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.

 

Sobre o número nacional, a CNC observa que o fechamento de lojas foi o pior desde 2005, quando o levantamento foi iniciado. Mas diminui o ritmo no segundo semestre.

 

– A falta de dinamismo no mercado de trabalho e o crédito mais caro e restrito explicam parte significativa das perdas de vendas nos últimos anos. – aponta o economista Fabio Bentes.

 

Lideraram os encerramentos de lojas os ramos de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-34,8 mil lojas), lojas de vestuário, calçados e acessórios (-20,6 mil) e lojas de materiais de construção (-11,5 mil). Segundo a CNC, à exceção dos hiper e supermercados – que sofreram com a escalada dos preços no atacado no início de 2016 -, os demais segmentos analisados foram atingidos pelo encarecimento do crédito, tanto para consumidores como para a obtenção de capital de giro nos últimos anos.