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Receita secreta é referência em sorveteria de Camaquã

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Não tem estação. Seja no verão ou no inverno, a fila é constante na Sorveteria Dröse, de Camaquã, a 129 quilômetros de Porto Alegre. A preferência dos clientes confirma o Prêmio de Consagração Pública, que homenageia as marcas mais lembradas da cidade há 33 anos. Isto porque a empresa abocanha o reconhecimento há 32 deles.

Mas o que faz da Dröse tão querida pelos camaquenses? É segredo, literalmente.

A receita do sorvete foi desenvolvida por Felipe Dröse, há mais de 60 anos, e repassada para o filho Felipe Leopoldo (ambos falecidos). O sucessor Rogério, 52, transferiu o conhecimento à quarta geração, formada por Luis Felipe, 30, e Suhelen, 24.

Conforme ordens do bisavô, a receita só pode ser passada de pai para filho – e nem as esposas podem conhecê-la a fundo.

“É um segredo guardado a sete chaves”, declara Helen Dröse, 51, casada com Rogério. Ela explica que, assim como a sogra, Geni, 77, as mulheres da família ficam responsáveis pelo atendimento, enquanto os homens lideram a produção.

Desde o casamento, há três décadas, Helen auxilia atrás do balcão da loja, e, por isso, se tornou “a cara” da Dröse. Tanto que é ela quem fala pela marca. Muitos, inclusive, pensam que seja a única dona do estabelecimento.

Desde o início do empreendimento, algumas coisas passaram por transformações. A criação de novos sabores é um exemplo. Hoje, são 23, com o preço de R$ 5,00 por bola.

Apesar disso, frequentadores antigos garantem que o gosto é o mesmo ao longo dessa trajetória toda.

“Não temos registros da data de abertura, mas calculamos pelos clientes, que dizem vir desde jovens. Acompanham os netos já adultos. E eles falam que é o mesmo sorvete de antes”, reforça ela.

A base da receita é a mesma, cuidadosamente adaptada às novas tecnologias que foram surgindo.

Embora descartem a abertura de franquias por enquanto devido à conexão familiar da operação , a Dröse sustenta duas lojas. A primeira fica na esquina da rua Professora Luiza Maraninchi com a rua Júlio de Castilhos. A segunda, no Centro de Arambaré – cidade litorânea vizinha.

Nesta última, o estabelecimento só funciona na temporada de veraneio. Atualmente, quem coordena a filial, aberta há 24 anos, é Geni, o neto Luis Felipe e a esposa dele, Kellen – que já deram início à quinta geração dos Dröse, com a pequena Kauana, de um ano.

 

Dröse cria sorvete de arroz de leite 

Apesar de não projetar expansão, a sorveteria procura inovar em opções e sabores para agradar os clientes fiéis. No inverno, são oferecidas opções quentes, como chocolate quente e petit gateau – mas a preferência ainda é o sorvete. E no verão surgem sabores novos, como o de arroz de leite, que após aprovado pelo público, é produzido todos os anos quando chega o calor.

A ideia surgiu quando a sorveteria foi desafiada a criar um sorvete que tivesse como ingrediente o arroz, para ser apresentado na Festa do Arroz de Camaquã. Foram oferecidos três sabores, e o escolhido foi o de arroz de leite – ou arroz doce, como também é conhecido.

Helen explica que este sabor é o único em que uma pessoa que não é “diretamente da família” participa da produção, pois a base do sorvete é o doce feito pela dona Geni. Porém, a parte de transformar o doce em sorvete é feita apenas pelo Rogério ou pelo Luis Felipe.