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Relacionamento tóxico: alerta sobre sinais de alerta que indicam uma relação abusiva

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Talvez
a maior polêmica da edição atual do BBB23 tenha sido a relação tóxica vivida
por Gabriel e Bruna Griphao. Porém, a sister só teria notado que estava sendo
vítima de abusos quando o apresentador Tadeu Schmidt alertou ao casal e aos
demais participantes sobre as atitudes agressivas do rapaz.

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O
caso acendeu a discussão sobre os riscos de um relacionamento tóxico, além da
dificuldade que algumas pessoas têm para identificar quando estão dentro de uma
ligação afetiva onde vários limites foram ultrapassados. “Esse tipo de relação
acontece quando existe abuso físico, psicológico ou moral entre duas partes;
normalmente, há uma vítima e um agressor, mas esses papéis podem se inverter, a
depender do contexto”, explica o psicólogo Filipe Colombini, CEO da Equipe AT.
“Punição, ofensas, invalidação, ameaças e brigas constantes, envolvendo até
mesmo agressões físicas, morais e humilhações sociais fazem parte da dinâmica
do casal”.

O
especialista explica que a relação abusiva  existe quando há controle do
outro por vias nocivas, que afetam o equilíbrio mental. “O impacto é enorme,
ocorrendo consequências psicológicas gravíssimas, onde a vítima se sente
fragilizada, desamparada e tem grande dificuldade para sair daquele
envolvimento, que é cercado de constrangimentos, de controle excessivo e, até
mesmo, de aprisionamento, que pode ser uma sensação psicológica ou de fato
ocorrer”, completa o psicólogo.

“O
resultado é extremamente danoso para a vítima, que passa a sofrer uma série de
transtornos psiquiátricos, como ansiedade, depressão e até mesmo, tentativas de
tirar a própria vida, infelizmente”, alerta Colombini.

Para
saber se você está vivendo um relacionamento tóxico, o psicólogo Filipe
Colombini indica sinais de alerta, que podem revelar os abusos. Confira a
seguir e, caso, você se identifique com uma ou mais situações, o especialista
recomenda que procure ajuda urgentemente:

O parceiro faz manipulações ou ameaças. “São bastante comuns as
situações de chantagens e intimidações”, explica o psicólogo. Normalmente, o
agressor costuma manipular o companheiro, que está ou é mais vulnerável,
anunciando consequências como castigos, danos ou prejuízos”, diz o CEO. “O
cenário fica ainda pior porque a pessoa tem sentimentos misturados e acaba
minimizando os efeitos negativos e valorizando os elementos positivos da
relação”, completa. “Pode haver dependência financeira, sentimental ou mesmo
afetiva, o que prejudica bastante o julgamento de que pode existir algo de
muito errado ali.”

Existe controle de um sobre o outro. “Muitas vezes, o
abusador impõe regras ao outro, ou meios de vigilância ou monitoramento,
ditando o que a pessoa pode ou não fazer, quais roupas deve ou não usar, e, em
casos mais extremos, onde pode ou não ir, incluindo até mesmo situações de
emprego, onde não é permitido que a vítima trabalhe e tenha sua fonte de
renda”, afirma Colombini. 

A vítima pode estar repetindo um padrão de comportamento. Por conta de sua
trajetória de vida, algumas pessoas podem ser mais propensas a entrar em uma
relação tóxica, por falta de referências de afeto ou, até mesmo, de intimidade.
“A vítima costuma ter uma visão distorcida sobre si mesma e sobre a ideia de
relacionamento saudável, por conta de uma dinâmica familiar difícil ou um
histórico onde já houve o precedente de outros abusos”, conta o CEO. “Isso faz
com que a visão sobre o que é uma relação saudável seja permeada por
agressividade, ciúmes doentio e controle”, afirma Colombini. “Comumente, a
pessoa abusada se sente diminuída e se depara com uma mistura de sensações,
padrões e sentimentos, onde não consegue ter habilidades suficientes para
compreender a situação que está vivenciando e, menos ainda, conseguir sair
dela”, explica o especialista. “Existe dificuldade de auto regulação emocional,
de comunicação, de assertividade e de limites, e isso acaba deixando a pessoa
com um sentimento de clausura”.

Isolamento. Por viver sob um clima aterrorizante de medo e
pressões, a pessoa acaba se afastando de seu círculo de amizades ou familiar,
por imposição do agressor. “Com isso, começa a depender exclusivamente de seu
parceiro, e isso ocorre no âmbito psicológico, afetivo e, às vezes, também, na
esfera financeira”, diz.

Perda da autoestima. Quando os limites são
ultrapassados em um relacionamento, há um impacto enorme no amor próprio.
“Constantemente, a vítima é jogada para baixo, pois são frequentes as críticas
destrutivas e opressões que sofre”, diz o psicólogo. “Desta forma, ela se
sente tolhida do que gosta de fazer, e, como consequência, passa a  haver
dificuldade no reconhecimento do self e, ainda, nos valores de vida, o que
causa um forte abalo na visão que tem de si mesma”, explica o especialista. “Ou
seja, faz parte do abuso minar completamente a autoestima da pessoa”, explica
Colombini. “E como a pessoa se afastou de todo o seu círculo social, passa a
não ter a quem recorrer para pedir ajuda ou algum amparo frente à situação de
enclausuramento e ameaças”, conclui.

Como sair da situação de abuso. O psicólogo diz que, a
qualquer sinal de alerta, é preciso buscar ajuda psicológica ou psiquiátrica
imediatamente. “O profissional vai auxiliar para que a pessoa encontre forças e
veja uma saída possível para o término do relacionamento e, ainda, inicie um
processo de autoconhecimento, com o objetivo de evitar que o padrão de
comportamento se repita numa próxima relação”, afirma. 

Texto: Key
Press Comunicação