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Rio Grande do Sul registra redução histórica na mortalidade infantil, segundo Sociedade de Pediatria

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O Rio Grande do Sul registra índices históricos de redução de mortalidade infantil, segundo dados apresentados pela Sociedade de Pediatria estadual (SPRS), em evento que terminou neste sábado (23) em Passo Fundo, na Região Norte. Se continuar com a média registrada até agora, o estado vai terminar o ano com 9,5 mortes para cada mil nascidos vivos. O número é considerado histórico pela entidade, ainda mais se for considerado que a média nacional é de quase 14 mortes a cada mil nascimentos.

Segundo o diretor da SPRS, Carlos Humberto Bianchi, a perspectiva de redução na mortalidade se deve a um conjunto de iniciativas. “É um processo histórico nas últimas décadas com a implementação de várias ações de saúde, tipo vacinação, estimulação ao aleitamento materno, sais de reidratação oral, lá antigamente, evitando a morte por desidratação, a distribuição de antibióticos pra pneumonia”, enumera.

Cerca de 60% das mortes são registradas nas primeiras semanas. Por isso, a regionalização dos partos também foi debatida. “O que se observou é que nos locais onde são realizados poucos partes, menos de um por dia, menos de 300 por ano, a mortalidade é 10 vezes maior do que nos locais onde o nascimento é maior”, garantiu a neonatologista da Secretaria Estadual da Saúde Célia Magalhães.

Na própria cidade de Passo Fundo, que sediou o evento, um programa que monitora a saúde de gestantes e de bebês recém-nascidos tem contribuído para essa realidade. Os números mostram a efetividade da iniciativa: em 2012, o índice era de 13 mortes para cada mil nascidos vivos. Neste ano, até o momento, as mortes caíram para 8,1.

Pâmela Menezes é um exemplo. Ela fez o acompanhamento com o programa desde que soube que estava grávida de Safira, hoje com nove meses. “A gente leva ela na pediatra todos os meses também. Sempre correndo atrás pra ver se tá tudo ok”, garante a mãe.

Mais de 70% das gestantes consultam pelo menos sete vezes durante o pré-natal. O maior acesso a consultas tem contribuído para a redução da mortalidade infantil em Passo Fundo. Além disso, o número de adolescentes grávidas e de bebês com baixo peso também reduziu.

Quatro funcionários da Secretaria Municipal de Saúde foram destacados para atuarem no programa, segundo o titular da pasta, Luiz Artur Rosa Filho.

“Este programa especificamente investe na demanda, que são os problemas corriqueiros que nossas gestantes e as mães do primeiro ano de vida tem no cuidado com o seu filho, de não conseguir consulta em tempo adequado, dos exames demorarem”, detalha.