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RS deve colher safra recorde de mais de 29 milhões de toneladas de grãos

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O Rio Grande do Sul deve colher mais de 29 milhões de toneladas de grãos em 2013, uma das maiores safras dos últimos tempos. Este é o tema abordado pelo programa de rádio Mateando com o Rio Grande, produzido pela diretoria de jornalismo da Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom), e que nesta quinta-feira (18) entrevista o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi. 

Conforme o secretário, o recorde da safra ocorre por três razões: clima, elevação dos preços e a relação entre a União e o Governo do Estado com os produtores do RS. “Choveu muito bem, a conjuntura nacional e internacional elevou o preço das principais culturas agrícolas, e a relação entre os governos que oferece crédito farto e barato, por meio do Plano Safra, resultaram uma grande safra”, afirma Mainardi. O secretário ressalta que estas ações estimulam o produtor a investir e produzir cada vez mais, e principalmente contribuem extraordinariamente para a economia do Rio Grande do Sul, sob o ponto de vista de crescimento do PIB. 

Os reflexos da supersafra na economia do Estado devem gerar um crescimento entre 6% e 7%, mais que o dobro do crescimento da economia brasileira. Os números finais da safra 2013 serão apresentados em março de 2014 e, conforme o secretário, devem “reafirmar que o campo vem impulsionando a economia, ajudando o Estado a se desenvolver, a gerar cada vez mais renda para o produtor e emprego nas cidades”. Para Mainradi, também fará com que a própria receita estadual cresça, para que o Governo “cumpra com seus objetivos máximos de investimento em saúde, educação, segurança e infraestrutura”. 

Irrigação 
O pequeno produtor interessado nos sistemas de irrigação deve procurar técnicos capacitados e realizar um projeto que contemple a sua propriedade, disse Mainardi. “O desafio do Rio Grande do Sul é ampliar o sistema de irrigação. Queremos mostrar que investir em irrigação não é gasto, mas sim, efetivamente, um investimento que se paga em dois ou três anos de aumento da produção”. 

Conforme o secretário este é “um extraordinário investimento” e o Estado caminha em direção a esta nova tecnologia. “É uma nova revolução, a última que tivemos foi a do crédito farto e barato, que fez com que o Brasil, em 10 anos, praticamente dobrasse a sua produção de grãos”. 

A diferença entre a safra de 2012 para a deste ano está no preço dos grãos, enfatiza Mainardi. “Em 2012 tivemos uma grande produção que se virou contra o produtor, principalmente a do arroz. A presença dos governos federal e estadual investindo R$ 1,2 bilhão para derrubar aquela realidade, vender o arroz e desafogar a situação, reverteu, estabilizou, e agora temos uma grande safra com preços acima de R$ 30 a saca para o produtor”.