- Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini. Protocolo contra feminicídios sai em março
O governo do estado projeta apresentar ainda em março deste ano um novo protocolo contra feminicídios no Rio Grande do Sul.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sandro Caron, a ideia é unir-se com outras áreas de políticas públicas do Piratini e reforçar o que é realizado atualmente por meio da Patrulha Maria da Penha da Brigada Militar e com a Polícia Civil no atendimento nas delegacias da mulher, Delegacia Online, Sala das Margaridas, além do monitoramento do agressor.
A pasta da Saúde terá papel fundamental nesse novo modelo. Caron afirma que estão ocorrendo trocas de informações entre as secretarias para poder abastecer as novas medidas contra o crime que envolve o gênero como motivação.
“Muitas vezes, uma vítima de violência doméstica acaba não dando conhecimento da agressão à polícia, mas ela tem que procurar, por exemplo, um posto de saúde para ser atendida.
Queremos interagir ao máximo com áreas como a da Saúde e de outras políticas públicas para que casos que não sejam comunicados à Segurança Pública pela vítima ou pelos familiares cheguem ao nosso conhecimento por outras áreas.
Estou em contato com a secretária da Saúde, Arita, cuja equipe também vem trabalhando em sugestões de alternativas”, disse Caron.
Ao longo deste mês, corporações da segurança também trarão colaborações para a criação de novas medidas.
“Eu encomendei ao comando da Brigada Militar, que tem a Patrulha Maria da Penha e a Chefia de Polícia, que durante fevereiro me apresentem sugestões de novas estratégias.
Em relação ao feminicídio, via de regra, são situações de violência doméstica que a Segurança Pública não tinha conhecimento e que, infelizmente, só vêm à tona depois dessa grande tragédia que é a morte da vítima”, ressaltou Caron.
Desde o começo do ano, o Rio Grande do Sul registrou nove casos de feminicídio. Todos os crimes foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas.
Das cerca de duas mil tornozeleiras eletrônicas voltadas para agressores de mulheres disponíveis no Rio Grande do Sul, 178 estão em utilização. O número representa menos de 10% do total.
O levantamento foi divulgado pela Polícia Civil do Estado. Em entrevista à reportagem da Acústica FM, o secretário Sandro Caron avalia que é necessária uma agilidade maior do Judiciário nesse contexto.
“Essa é uma questão que envolve sempre a atuação da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Estamos conversando exatamente com a Polícia Civil sobre a importância dessa interação permanente com o Ministério Público e com o Poder Judiciário. Qual é o objetivo? Quando um caso é noticiado à polícia e se verifica ali um risco à vítima, é feito o pedido da medida protetiva.
Esse pedido é submetido ao Ministério Público para parecer e depois vai ao Poder Judiciário para a decisão.
Buscamos que haja uma grande aproximação da polícia com o Ministério Público e com o Poder Judiciário, para que um pedido seja rapidamente analisado, porque, como eu sempre digo, em matéria de segurança pública, muitas vezes um dia a mais para tomar uma atitude pode resultar numa tragédia.
Queremos uma aproximação em todo o estado em relação à necessidade de análise rápida desses pedidos”, pontuou Caron.
Patrulha Maria da Penha
A Patrulha Maria da Penha atuará a partir do deferimento da Medida Protetiva de Urgência pelo Poder Judiciário, com despacho de necessidade de acompanhamento da força policial até decisão de extinção ou término do prazo de concessão da Medida.
Desta forma, o atendimento ocorre através da realização de visitas, as quais têm o objetivo de fiscalizar se as medidas protetivas de urgência estão sendo cumpridas pelo agressor/acusado, bem como verificar a situação familiar da vítima.
Sala das Margaridas
A Sala das Margaridas é um espaço da Polícia Civil do Rio Grande do Sul que oferece atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O objetivo é garantir a privacidade das vítimas, para que elas se sintam acolhidas e seguras.
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.
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