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RS registra 26 mortes por dengue, nova vacina pode ser a solução

Foto: Myke Sena | Ministério da Saúde
Foto: Myke Sena | Ministério da Saúde

O
Rio Grande do Sul notificou, na última quinta-feira (11), mais três mortes em
razão da dengue no estado. Com isso, chega a 26 o número de vítimas da doença
ao longo de 2023.

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Em
meio a esse cenário preocupante, a boa notícia é que o primeiro imunizante
liberado no Brasil para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da
dengue, chegará ao país ainda neste mês. Em março, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da  Qdenga
(TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma. O imunizante é indicado para
pessoas entre 4 e 60 anos que nunca entraram em contato com o vírus da dengue,
mas também poderá ser aplicado em quem já teve a doença. 

A
Qdenga é uma vacina tetravalente, ou seja, oferece proteção contra os quatro
sorotipos do vírus da dengue. Seu esquema de vacinação prevê duas doses,
aplicadas com intervalo de três meses entre elas. Nos ensaios clínicos, a
Qdenga mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por
qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as
hospitalizações em 90%. 

O
imunizante estará disponível inicialmente apenas na rede privada de saúde.
Ainda não há uma previsão para a incorporação da vacina ao Sistema Único de
Saúde (SUS).

“A
disponibilidade da vacina Qdenga na rede privada de saúde é um passo importante
para a prevenção da dengue no Brasil”, afirma Fábio Argenta, médico e CEO
da Saúde Livre Vacinas.

Fábio
ainda alerta que, embora a vacina Qdenga tenha se mostrado eficaz em estudos
clínicos, é importante destacar que ela não é uma solução única para o controle
da dengue. “A vacinação deve ser combinada com outras medidas preventivas,
como a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti e a conscientização
da população sobre a importância da proteção individual contra a doença.”

Dengue
avança no Brasil

No
ano de 2022, o Brasil contabilizou 1.450.270 casos prováveis da doença no país
no ano passado, um aumento de 162,5% na comparação com 2021.

De
acordo com especialistas, os períodos chuvosos, principalmente no verão,
aliados à diminuição da percepção de risco para a dengue, são os principais
motivos que levaram à alta nos casos e mortes em 2022. “Com a chuva,
aumentam os riscos de água parada. É o cenário perfeito para que o Aedes
aegypti se reproduza”, explica um especialista em saúde pública.

A
dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e seus
sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares,
além de náuseas e vômitos. A prevenção é a melhor forma de combater a doença,
com medidas simples como o uso de repelentes, a eliminação de criadouros do
mosquito e o uso de mosquiteiros.