O índice de casos confirmados de leptospirose disparou este ano em Santa Cruz do Sul depois da contaminação de oito adolescentes em um açude em fevereiro. Até agora, já há 14 diagnósticos positivos em 2019, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde. Outros três casos ainda estão em análise. Somente neste ano, já foram 31 suspeitas da doença.
Dos 14 diagnósticos positivos, oito são dos adolescentes, que teriam contraído a doença quando invadiram uma propriedade privada para tomar banho no açude, no bairro Monte Verde. “Mais ou menos 20 adolescentes tiveram contato com o açude. Eles passaram a apresentar sintomas e muitos tiveram de ser internados no Hospital Santa Cruz, um deles na UTI. Após a análise da coleta do material, recebemos a confirmação de que esses adolescentes tinham contraído leptospirose através do contato com a água”, explicou o secretário de Saúde, Régis de Oliveira Júnior.
Logo após a confirmação, a secretaria emitiu um alerta aos moradores do bairro e solicitou coletas e análises em três pontos do Monte Verde. “A análise, em um laboratório de Lajeado, constatou a não presença de bactérias Leptospira nesta água”, explicou o secretário. A suspeita do setor é de que as chuvas que aconteceram após a contaminação possam ter diluído as bactérias. “Portanto, não temos como afirmar com 100% de certeza que esses adolescentes foram contaminados nesse açude.”
O caso reacendeu o alerta à população. “A leptospirose é transmitida pela urina do rato, especialmente em dias de chuva. Por isso, recomendamos que as pessoas evitem contato com lagos, rios, terrenos baldios e até com lama, principalmente nestes dias mais chuvosos”, recomendou o secretário. De 2009 a 2019, o ano com mais casos confirmados foi 2001, com 28, de janeiro a dezembro. No período divulgado pela secretaria (2009-2019), foram 215 confirmações no município.