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Sartori evita falar sobre salários e promete explicação na segunda-feira

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O governador José Ivo Sartori evitou falar sobre parcelamento de salários na manhã deste sábado (29), na abertura da Expointer, em Esteio. O dia começou com a confirmação, por meio de extratos bancários, de que os servidores públicos receberão apenas R$ 600 na segunda-feira (31). Mesmo assim, Sartori disse que a resposta virá apenas no começo da semana.

“Com o respeito que nós temos pelos servidores, nós pedimos a compreensão e a solidariedade, porque onde não tem dinheiro, não se tira dinheiro. É preciso muita compreensão, porque estamos todos afetados. Secretários, governador, vice-governador”, disse. “Na segunda-feira nós falamos sobre isso”.

A promessa é de que o pronunciamento ocorrerá pela manhã. O governo deverá explicar o cronograma de pagamentos e falará novamente sobre a crise no estado. É possível que, após os R$ 600, o restante do dinheiro seja pago em outras três parcelas.

Paralisação

Para segunda-feira, está previsto o início de uma greve geral de quatro dias do funcionalismo em protesto contra o parcelamento dos salários. Os serviços serão interrompidos até quinta-feira (3).

De acordo com o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnoud, a paralisação foi determinada em assembleia geral unificada no último dia 18.

No último dia 31, o governo anunciou o parcelamento dos salários dos servidores do Executivo em três vezes. A medida causou protestos e paralisações em todo o estado, afetando os serviços públicos.

No dia 11, entretanto, o governador José Ivo Sartori decidiu complementar o valor pendente e com isso adiar o pagamento da parcela da dívida com a União. No mesmo dia, o Tesouro Nacional bloqueou as contas do estado, conforme estava previsto no contrato. A situação só foi normalizada no dia 20.

Na tentativa de tentar amenizar a crise nas finanças do estado, o governo encaminhou à Assembleia Legislativa medidas que fazem parte do quarto pacote de ajuste fiscal. Entre as propostas, estão o aumento da alíquota básica do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e das alíquotas sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e bebidas, entre outros.

O aumento de impostos, caso seja aprovado pelos deputados, vai começar a vigorar a partir de 2016. Com isso, o governo gaúcho espera arrecadar cerca de R$ 1,9 bilhão a mais por ano, já descontado o valor repassado aos municípios, e tentar amenizar o rombo nas contas do estado, que este ano deve ser de R$ 5,4 bilhões.