A Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) detalhou diversos programas, nesta terça-feira (23), para a comitiva chinesa que visita o Estado em busca informações sobre o potencial gaúcho para instalar uma fábrica de tratores. A apresentação, feita pelo secretário adjunto, Ronaldo Oliveira, destacou as áreas de Agroindústria e do Cooperativismo e ocorreu na Sala do Investidor, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff).
Nesta quarta-feira, os chineses devem conhecer algumas cidades da Metade Sul, principalmente São Lourenço do Sul, que já disponibilizou uma área de 54 hectares no Distrito Industrial. Também irão a Rio Grande conhecer o terminal portuário e a Pelotas, para verificar instituições de ensino que possam preparar a mão de obra do futuro empreendimento.
Oliveira destacou que, atualmente, “uma das grandes demandas do Estado é a produção de máquinas destinadas às agroindústrias”. Segundo ele, no Plano Safra Gaúcho, o Governo do Estado investe uma boa parcela na aquisição de maquinário, considerando que o Rio Grande do Sul possui 441 mil propriedades rurais das quais 378 mil de agricultores familiares.
O presidente da Emater, Lino de David, afirmou que o Estado é o que mais diversifica as atividades econômicas no meio rural (grãos, frutas, pecuária, fumo), sendo o feijão típico da propriedade familiar. “A mecanização predomina no cultivo de grãos.” Portanto, reforçou, “há necessidade de equipamentos agrícolas adequados para a agricultura familiar”.
Agenda
Na manhã desta terça-feira (23), a comitiva chinesa foi recebida no Palácio Piratini pelo governador Tarso Genro. Na ocasião, para melhor ilustrar as relações do Estado com a agroindústria, os titulares da SDR, Ivar Pavan, e da secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Luis Fernando Mainardi, ressaltaram, à comitiva que o Rio Grande do Sul possui 30% da produção econômica pautada nas agroindústrias, sendo que 50% vão para a exportação e 12% para consumo nacional.
Pavan lembrou que 85% das propriedades rurais existentes no Estado são de base familiar. “Obtemos, por meio desses produtores, uma grande diversidade de grãos como trigo, feijão, milho e soja. Além disso, temos uma forte cultura direcionada à fruticultura, em especial a produção de uvas, o que nos garante um dos melhores vinhos do país”.
