A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou nesta sexta-feira (22) que o Rio Grande do Sul registrou 18 mortes provocadas pela gripe A em 2016. A pasta avalia que doença avança este ano com características semelhantes a 2012 e 2013, quando morreram 67 e 58 pessoas, respectivamente, em decorrência da doença. Em 2014 foram 12 mortes e nenhuma no ano passado.
Outro dado que causa preocupação é no ritmo de notificações. Desde 2013 que casos informados não começavam tão cedo, já na oitava semana do ano.
“O número preocupa pela quantidade de óbitos, principalmente o H1N1. Os outros vírus da gripe já estamos acostumados a conviver, mas o H1N é com o tempo que isso vai acontecer. Vamos ficar alguns anos sofrendo e tendo que ter cuidados com a prevenção”, avalia o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo.
Mais municípios também passaram a constar na relação de locais com mortes de paciente. Novos óbitos foram registrados em Tucunduva, Vacaria, Tapera, Cachoeira do Sul e Porto Alegre. Na capital, a Secretaria confirmou a morte de um adolescente de 15 anos, estudante da Escola Estadual de Ensino Fundamental Mauricio Sirotsky Sobrinho, no bairro Partenon.
Campanha de vacinação
A campanha de vacinação foi antecipada em 2016 no Rio Grande do Sul e começa na próxima segunda-feira nos postos de saúde. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, 48% das doses destinadas ao público alvo já chegaram nos municípios. A pasta não descarta a falta de vacinas nesta primeira semana, mas garante que um terceiro lote chegará aos postos antes do dia 30.
Zika e dengue
O boletim epidemiológico semanal da Secretaria da Saúde também destacou outros casos de doenças no Rio Grande. Houve queda no ritmo de notificações de dengue, chegando a 837 casos confirmados, sendo 614 autóctones. O Estado também registra dois casos de microcefalia provocados por zika vírus. Um mutirão será feito na próxima semana para confirmar ou não se outros 30 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao zika.
